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PNV alia-se aos socialistas para governar País Basco

O acordo político foi anunciado este domingo. PNV e PSE não governavam juntos há 18 anos. Bildu e Podemos criticam a nova aliança.
Reunião entre os líderes do PNV e PSE, Iñigo Urkullu e Idoia Mendia (à direita da foto). Foto PSE/Twitter

As eleições de 25 de setembro para o parlamento basco não deram maioria absoluta e ditaram a queda dos socialistas para apenas 9 deputados. E será nessa posição que o PSE irá tornar-se parceiro de coligação dos nacionalistas do PNV, o partido mais votado e que tem governado o País Basco nos últimos 40 anos – com a exceção do período entre 2009 e 2012, após as eleições em que a esquerda independentista ficou fora do parlamento ao ver as suas listas proibidas de concorrer a eleições.

O pacto entre o PNV e o PSE será selado esta segunda-feira e deverá atribuir aos socialistas três das dez pastas do novo governo, que volta a ser liderado por Iñigo Urkullu. Segundo o Publico.es, duas das pastas asseguradas pelo PSE são a dos Transportes e a do Emprego e Políticas Sociais.

Embora o País Basco não tenha conhecido alianças de governo destes dois partidos desde 1998, a experiência foi multiplicada em muitas localidades após as últimas eleições municipais.

Para os independentistas do EH Bildu, o segundo partido basco, que também mantive negociações com o PNV mas ficaram goradas pela distância política ao nível económico e social, o acordo alcançado com o PSE é “de mera gestão, de paralisia, que não responde aos desafios que este país tem”. O deputado Unai Urruzuno, que fez parte da equipa negociadora, acrescenta que a escolha de parceiro de governo por parte do PNV faz prever que “não se produzam avanços qualitativos nas três áreas que consideramos fundamentais: novo estatuto; socio-economia; e paz e convivência”.

Para a secretária-geral do Podemos basco, que se tornou o terceiro partido nas eleições de setembro, o acordo PNV-PSE é “previsível e insuficiente”, com os socialistas a “diluírem-se por motivos de sobrevivência para sustentar as políticas continuistas do PNV”.

Nagua Alba lembra ainda que o novo governo fica a um voto da maioria absoluta, pelo que irá precisar da abstenção de EH Bildu, Podemos ou PP para passar as suas leis. “Continua a existir uma maioria de progresso”, acrescentou, voltando a propor ao PSE e EH Bildu uma mesa de negociações sobre temas em que possa haver trabaho conjunto, “independentemente do papel que cada força desempenhe na atual legislatura”. A soma de deputados destes três partidos permitiria governar com maioria absoluta no parlamento basco.  

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