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Petição contra Brexit “entope” site do governo
Uma petição a favor da revogação do Artigo 50 foi lançada na quarta-feira à noite no site de petições do governo britânico e recolheu mais de 1500 assinaturas por minuto, o que fez o site ficar inacessível durante a noite e ainda na manhã de quinta-feira. Mais de 675 mil pessoas terão assinado o texto que pretende mostrar “a força do apoio público para permanecer na União Europeia”. Estas petições são debatidas em comissão parlamentar, caso ultrapassem a fasquia das 100 mil assinaturas, mas não são votadas pelos deputados.
Na contagem decrescente para o Brexit, a primeira-ministra britânica fez na quarta-feira uma comunicação ao país em que responsabilizou os deputados pelo impasse que a fará pedir um adiamento de três meses na data de saída esta quinta-feira no Conselho Europeu.
Theresa May insiste que o acordo que negociou durante dois anos com a UE é “o melhor acordo negociável” e ainda tem esperança de que ele obtenha aprovação na Câmara dos Comuns, apesar da recusa do “speaker” do parlamento britânico em levar a votação a mesma proposta pela terceira vez.
A primeira-ministra britânica rejeita a hipótese de pedir um adiamento mais prolongado do Brexit, como chegou a ser sugerido pelos negociadores europeus, de forma a dar tempo para uma clarificação política, quer através de eleições ou de um novo referendo. Mas caso a data ultrapasse 30 de junho, o Reino Unido seria obrigado a organizar eleições para o Parlamento Europeu no final de maio.
Segundo o Guardian, face à recusa de um adiamento longo por parte de Londres, os diplomatas da UE vão fazer pressão para que a data do Brexit não vá para além de 22 de maio, nas vésperas das eleições europeias, o que dizem ser suficiente para que o governo consiga fazer aprovar o acordo na Câmara dos Comuns.
Entretanto, o líder da oposição já fez saber que não contem com ele para aprovar à terceira o que os deputados já rejeitaram duas vezes por larga maioria. A relação entre May e Jeremy Corbyn ficou ainda mais fragilizada na quarta-feira, quando o líder trabalhista chegou à reunião bilateral que solicitara à primeira-ministra para discutir o impasse entre os partidos e encontrou na sala um deputado que abandonou recentemente o Labour e já anunciou a vontade de criar uma nova formação. Corbyn saiu da sala e mais tarde acusou Theresa May de tentar chantagear os deputados para aceitarem o seu acordo com a UE. Esta quinta-feira, o líder trabalhista também ruma a Bruxelas para defender que é possível uma alternativa ao acordo rejeitado no parlamento.
Theresa May's damaging deal has been overwhelming rejected twice. Her government is in chaos and she is trying to bully and blackmail MPs to vote for the same bad deal.
I am in Brussels today to meet EU leaders to discuss securing our alternative of a close economic relationship
— Jeremy Corbyn (@jeremycorbyn) March 21, 2019
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