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Pesquisa diz que mais de 500 mulheres são agredidas por hora no Brasil

Nos últimos 12 meses, 1,6 milhões de mulheres foram espancadas ou sofreram tentativas de estrangulamento no Brasil e 22 milhões passaram por algum tipo de assédio.
Fotografia de Paula Nunes
Fotografia de Paula Nunes

Estes últimos dados correspondem a 37,1% das mulheres brasileiras. Dentro de casa, a situação não foi melhor, já que 42% dos casos de violência aconteceram entre portas. Após as agressões, 52% das mulhers não denunciaram o agressor ou procuraram ajuda.

Os dados são de um levantamento do Datafolha. A pesquisa foi encomendada pela ONG Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e tinha o objetivo de avaliar o impacto da violência contra as mulheres no Brasil.

Divulgado esta terça-feira, o levantamento levou a diretora-executiva do Fórum, Samira Bueno, a questionar a existência de espaços em que as mulheres se possam sentir seguras no Brasil.

O levantamento, divulgado nesta terça-feira, levou a diretora-executiva do Fórum, Samira Bueno, a questionar a existência de espaços em que a mulher possa se sentir efetivamente segura no país.

Os novos dados corroboram o que outras investigações já mostravam: grande parte das mulheres que sofreram violência dizem que o agressor era alguém conhecido (76,4%). Assim, a violência foi cometida, em 76,4% dos casos, por conhecidos, como cônjuge (23,9%), ex-cônjuge (15,2%), irmãos (4,9%), amigos (6,3%) e pais (7,2%). Para mais, existe ainda um fator racial e etário, já que mulheres negras e jovens tendem a ser mais agredidas.

Assim, a violência foi cometida, em 76,4% dos casos, por conhecidos, como cônjuge (23,9%), ex-cônjuge (15,2%), irmãos (4,9%), amigos (6,3%) e pais (7,2%).

O assédio, que terá atingido 37% das mulheres, aparece na forma de comentários feitos por desconhecidos na rua (32%) ou no ambiente de trabalho (11,46%) e na forma de assédio físico em transportes públicox (7,78%).

Em casas noturnas, 6,24% das mulheres disseram que já foram abordadas de forma agressiva; 5,02% foram agarradas ou beijadas à força; 3,34% relataram tentativas de abuso por embriaguez.

Contas feitas, de acordo com o estudo referido, há cerca de 500 mulheres a serem agredidas por hora no Brasil.

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