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PE entrega Prémio Sakharov às ativistas yazidis Nadia Murad e Lamiya Aji Bashar

“Tem de haver um sistema de responsabilização, os terroristas têm de ser levados à justiça”, defendeu Lamiya, de apenas 18 anos. “Há três anos que isto dura e ainda há mais de 3500 mulheres e meninas em cativeiro”, alertaram as duas ativistas.
Lamiya afirmou ainda “esperar do Parlamento Europeu (PE) e do mundo que leve o genocídio dos yazidi perante o TPI para que se faça justiça e se peçam contas ao autoproclamado Estado Islâmico [Daesh, no acrónimo árabe)".
Já Nadia defendeu que deve ser criada “uma zona de proteção em coordenação com o Governo iraquiano e com o governo regional autónomo do Curdistão”. “Se isso não for possível peço-vos que nos abram a porta e nos recebam”, assinalou.
O presidente cessante do PE, Martin Schulz, apelou também a que não fique impune o genocídio de "um dos mais antigos povos da humanidade".
Uma história de coragem e luta
Em 3 de agosto de 2014, o Daesh assassinou todos os homens da aldeia de Kocho, em Sinjar, no Iraque. Todas as mulheres e crianças foram escravizadas. As jovens, entre as quais Nadia Murad Basee Taha e Lamiya Aji Bashar e as suas irmãs, foram raptadas, compradas e vendidas por diversas vezes, e exploradas para fins de escravatura sexual.
Durante o massacre de Kocho, Nadia perdeu seis dos seus irmãos e a mãe. Em novembro de 2014, conseguiu fugir. Após passar por um campo de refugiados no norte do Iraque, acabou por se estabelecer na Alemanha. Em dezembro de 2015, Nadia contou a sua experiência perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas. Menos de um ano depois, em setembro de 2016, tornou-se a primeira Embaixadora da Boa Vontade do UNODC para a Dignidade dos Sobreviventes do Tráfico de Seres Humanos e, em outubro, foi homenageada pelo Conselho da Europa com o Prémio dos Direitos Humanos Václav Havel.
Lamiya foi vendida cinco vezes e obrigada a fabricar bombas e coletes suicidas em Mossul. O seu pai e irmãos foram executados pelo Daesh. Em abril, Lamiya conseguiu fugir com a ajuda da sua família, que pagou a contrabandistas locais. Durante a fuga, foi ferida na sequência da explosão de uma mina, ficando quase cega. Lamiya acabou por ser enviada para tratamento médico na Alemanha. Desde a sua recuperação, tornou-se porta-voz das mulheres vítimas de tráfico humano e de escravatura sexual e defensora pública para a comunidade yazidi no Iraque.
Reagindo à homenagem à coragem e à luta de Nadia e Lamiya, a eurodeputada bloquista Marisa Matias escreve no seu facebook que “era tão importante que este Prémio significasse também um maior empenho da UE para pôr fim à violência e aos conflitos”.
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A humanidade por um fio
A humanidade é o flagelo dela própria, todos somos coniventes com todas as atrocidades que se fazem no mundo, somos parte integrante de seres com instintos selvagens e assassinos por natureza tal como os animais selvagens, somos todos culpados por todas e cada uma das vítimas de guerras, fome, violência doméstica, perseguições políticas ou religiosas, tráficos de seres humanos, e todas as atrocidades cometidas por todos os animais humanos mais selvagens que os próprios animais da selva. A humanidade tem todos os motivos para se envergonhar, e muito. Afinal, onde está a nossa inteligência? Animais racionais! Em quê? Na ganância, inveja, mais importante que os outros, estúpidos, arrogantes, assassinos, praticar o mal, matar, roubar, tratar mal os outros, desprezar a educação e apenas usar o que temos de melhor, estupidez atroz, monstruosidade sem limites. Todos somos perigosos para nós próprios, todos nós somos o veneno para a nossa própria extinção. Claro que nem todos nós somos maus de todo, nem todos praticamos estas atrocidades, mas como disse, somo coniventes, não damos o devido interesse e apoio a quem sofre com as maldades dos outros, nem tão pouco temos a coragem de os eliminar, porque afinal, meia dúzia de maças podres, vão contaminar todas as outras. Era preciso fazer uma limpeza geral na humanidade, e eliminar todos os elementos podres que há, e que são muitos mesmo
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