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Patrões contra subsídio de desemprego
Segundo o "Diário Económico" desta Segunda feira, a CIP vai propor, na reunião desta Quarta feira da concertação social, que o subsídio de desemprego deixe de ter limite mínimo. Argumentam que isso deve acontecer para que ninguém possa ganhar mais no desemprego do que a trabalhar. Na verdade, trata-se de mais uma pressão para obrigar os desempregados a aceitarem salários mais baixos e, por esta via, fazer pressão para a baixa dos salários reais.
Os patrões da CIP querem ainda que o montante do subsídio (65% do salário) diminua ao longo do tempo, em que a situação de desemprego se mantém. O que significa uma pressão acrescida para que os desempregados se vejam obrigados a aceitar remunerações mais baixas.
A Confederação de Turismo vai contra o próprio conceito de subsídio de desemprego, defendendo que só deve ter acesso ao subsídio quem não tem outras formas de subsistência. Nas propostas concretas, esta confederação dos patrões do turismo propõe o alargamento dos prazos de descontos feitos para ter acesso ao subsídio e que os desempregados que recebem subsídio sejam obrigados a prestar serviço social.
A CIP propõe ainda que parte do subsídio social de desemprego seja pago em vales sociais, como o CDS já tinha proposto.