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Partido Popular espanhol quer criar curso sobre touradas

Proposta do Partido Popular no Estado Espanhol sobre a criação de novo curso profissional em touradas levou ao lançamento, pela plataforma “Tortura não é Cultura”, de uma petição já com 440.000 assinaturas.

O Ministério da Educação do Estado Espanhol propôs às regiões autónomas a abertura de um novo curso profissional em “Tauromaquia e Atividades Auxiliares em Pecuária”, que criou uma enorme polémica. Em resposta, foi lançada a 18 de outubro uma petição online contra a abertura do curso, que já conta com quase 440.000 assinaturas.

A formação seria dada nas escolas de todo o Estado, em parceria com as escolas taurinas. Teria a duração de 2.000 horas e seria destinada a jovens entre os 15 e os 17 anos que não tivessem terminado o ensino básico e quisessem obter uma especialização, por exemplo, em “matador de novilhos sem picadores”, “bandarilheiro” ou “pastor”. O ministro da Educação do Partido Popular justifica a abertura do curso, argumentando que há “vestígios” de touradas em todo o património cultural do estado e garante que, se avançarem, os jovens também terão aulas de matemática e de línguas.

Segundo a petição, o governo pretende “perpetuar uma tradição em declínio, dando-lhe um destaque geracional que quase já não existe, ensinando crianças de 15 anos a torturar animais, ridicularizando a já danificada reputação do nosso sistema educativo”.

425.000 das assinaturas da petição foram entregues esta semana no Ministério da Educação por representantes da plataforma “A tortura não é cultura”. Ao entregar as assinaturas, Beatriz Menchén, porta-voz da plataforma, afirmou que “isto demonstra que a nossa cidadania está farta que os políticos gastem dinheiro público em atividades que nada têm a ver com a educação real”.

A abertura, ou não, da formação profissional será discutida nas regiões autónomas. A petição pode continuar a ser assinada aqui, por pessoas de qualquer nacionalidade.

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