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Parlamento rejeita imposição de sanções

Foram aprovados dois votos de condenação das sanções por défice excessivo no Parlamento. A moção apresentada pelo PS, Bloco, PCP, PEV e PAN teve a abstenção da direita. No voto da direita, Bloco, PCP e PEV votaram contra, os restantes grupos a favor.
Pedro Filipe Soares dicursa no plenário da Assembleia da República.

No final da sessão de hoje na Assembleia da República, foram votados duas moções, uma pela direita e outra pela esquerda, a condenar a imposição de sanções por déficit excessivo por parte da Comissão Europeia a Portugal. A moção apresentada pelo PS, Bloco, PCP, PEV e PAN foi aprovada com a abstenção da direita. No voto do PSD e CDS, votaram contra os grupos parlamentares do Bloco, PCP e PEV, e teve o voto favorável dos restantes grupos.

Na sua intervenção, Pedro Filipe Soares criticou a direita por não ter concordado na apresentação de um só voto, "à pergunta que importa neste momento, se Portugal deve estar debaixo da sanções da Comissão Europeia, a resposta unânime desta Assembleia deveria ser “não”. À pergunta sobre se a Comissão Europeia é hipócrita na forma como lida com Portugal, a resposta unânime desta Assembleia deveria ser “sim”", afirmou.

"Há uma enorme hipocrisia da Comissão Europeia quando disse que Portugal era o bom aluno e agora tenta punir Portugal por ter cumprido as regras que a Comissão Europeia levou por diante. PSD e CDS querem transformar aquilo que foi imposto ao país e os sacrifícios que levaram a uma onda brutal de emigração, a um desemprego como nunca foi visto, a uma recessão que destruiu uma parte considerável da economia, em vitórias para a Comissão Europeia ver", prosseguiu o líder parlamentar bloquista.

"Com hipocrisia a Comissão Europeia diz que não chega, quer mais, quer manter Portugal sempre debaixo da sua chantagem, da sua vontade, sempre sacrificando Portugal, e é isto que PSD e CDS não querem aceitar. E por isso quando nós perguntamos: poderia haver um voto que dissesse somente “não, Portugal não aceita sanções; não, a Assembleia da República não aceita sanções sobre Portugal”? A resposta é sim, mas afinal, o que acontece é que os pins na lapela com a bandeira de Portugal valem bem menos que uma posição unânime na Assembleia da República nesta matéria e essa é que é a pobreza desta situação", acusou o deputado, concluindo a sua intervenção.

"Afinal, os pins na lapela valem bem menos que uma posição unanime sobre as sanções contra Portugal"

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