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Parlamento português condena ameaças de Netanyahu

O voto de condenação às intenções do governo israelita de prosseguir com as ocupações ilegais na Cisjordânia foi proposto pelo Bloco de Esquerda e aprovado apenas com os votos contra do CDS.
Netanyahu com soldados no Comando Norte do exército israelita. Foto Kobi Gideon/Governo de Israel

Os deputados portugueses aprovaram esta quinta-feira um voto de condenação da “intenção declarada pelo primeiro-ministro de Israel de prosseguir com ocupações ilegais na Cisjordânia”.

A condenação das ameaças de Netanyahu contou apenas com a oposição do CDS, com a bancada do PSD e o deputado socialista João Soares a absterem-se na votação.

“A concretização das declarações proferidas pelo primeiro-ministro israelita é um ataque a qualquer esperança sobre os termos de Estado da Palestina nas terras que estão nas mãos de Israel desde 1967, obstaculizando a existência de dois Estados que fora prevista nos acordos de paz de Oslo”, refere a introdução ao voto que também apela “ao cumprimento das resoluções internacionais aprovadas na ONU, exigindo a criação de um Estado da Palestina, soberano e viável, nas fronteiras de 1967”.

A promessa de Benjamin Netanyahu foi feita nos últimos dias da campanha eleitoral das eleições israelitas, nas quais conseguiu ser eleito para mais um mandato à frente do governo. Aquela ameaça “vem dar continuidade às políticas de ocupações ilegais, expropriação de terras privadas, massacres e violência desmesurada que vêm tendo lugar tanto na Faixa de Gaza como na Cisjordânia ocupada”, sublinha o texto do voto aprovado.

Também esta quarta-feira, os deputados aprovaram um voto de solidariedade com os presos políticos palestinianos nas cadeias de Israel. A iniciativa do PCP teve o apoio das restantes bancadas da esquerda parlamentar, à exceção do deputado socialista João Soares, que votou contra, ao lado das bancadas do PSD e do CDS.

Com este voto, a Assembleia da República reclama a libertação dos deputados eleitos do Conselho Legislativo Palestiniano e das crianças palestinianas presas por Israel, saudando também “o acordo alcançado que permitiu pôr fim à greve de fome iniciada a 8 de abril” por parte dos presos políticos palestinianos nas cadeias israelitas.

 

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