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Para combater desinformação, Spotify suspende anúncios políticos em 2020
140 milhões de pessoas é um mercado apetecível. Este foi o número de utilizadores da maior empresa mundial de streaming de música em novembro passado. A empresa ganha dinheiro com a venda do serviço premium sem anúncios mas ganha também dinheiro com um serviço “grátis” que obriga o utilizador a ouvir anúncios.
O problema está aí. Nos Estados Unidos, parte destes anúncios são de propaganda política dirigida. E a empresa estava a ser, como as outras grandes plataformas online, alvo de críticas por permitir a difusão de mentiras e desinformação. Alegando não ter capacidade de destrinçar o que é ou não legítimo, a Spotify anunciou esta sexta-feira que iria suspender todos os anúncios políticos a partir do início de 2020.
A decisão não será alheia ao facto do próximo ano ser ano eleitoral nos EUA.
Também o Twitter tinha decidido cancelar a maioria dos anúncios políticos em outubro. Já a Google limitou-se a afirmar, em novembro, que iria limitar a capacidade das empresas de publicidade de dirigirem publicidade política a alvos específicos. E o Facebook escolheu não monitorizar os anúncios políticos que apresenta na sua rede, alegando que cabe aos utilizadores verificarem a veracidade do que seja dito e não à empresa.
A decisão é apresentada como provisória. À Reuters, um porta-voz da empresa declarou que “nesta altura não temos ainda o nível de robustez necessário nos nossos processos, sistemas e ferramentas de forma a validar responsavelmente e rever este tipo de conteúdo.” Para o futuro, “iremos reavaliar esta decisão à medida que continuamos a desenvolver as nossas capacidades”, prometem. Contudo, a empresa não quis revelar quanto ganhava através deste tipo de anúncios.
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