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Paquistão: Dois atentados provocam mais de 40 mortos

Num ataque a um mercado em Kalaya, no noroeste do Paquistão, morreram pelo menos 35 pessoas e mais de 50 ficaram feridas. Noutro atentado, ao consulado chinês na cidade de Karachi, morreram cinco pessoas.
Atentado ao consulado chinês em Karachi, Paquistão – Foto de Shahzaib Akber/Epa/Lusa
Atentado ao consulado chinês em Karachi, Paquistão – Foto de Shahzaib Akber/Epa/Lusa

Na cidade de Karachi, "três ou quatro homens armados entraram no consulado chinês e quando foram intercetados começaram a disparar sobre a polícia que protegia o complexo", disse Mohamed Ishfaq, porta-voz da polícia à agência Efe. Morreram três assaltantes e dois polícias.

O atentado foi reivindicado pelo Exército de Libertação do Baluchistão, tendo um porta-voz deste movimento declarado à agência France-Press: "lideramos o ataque e a nossa ação continua”. “Vemos os chineses como opressores, bem como as forças paquistanesas”, acrescentou ainda.

O autodenominado Exército de Libertação do Baluchistão defende a independência da maior e mais pobre província do Paquistão, onde atuam diversos grupos armados, nomeadamente islâmicos, que defendem a autonomia ou a independência do Baluchistão. A China já investiu mais de mil milhões de dólares, num projeto conjunto “Corredor Económico China-Paquistão”, que implica a construção de infaestruturas, incluindo um porto em Gwadar, no Baluchistão.

Quase em simultâneo, houve outro atentado no noroeste do Paquistão: uma explosão num mercado, que se encontrava cheio, em Kayala. Neste ataque morreram, pelo menos, 35 pessoas e ficaram feridas mais de 50.

As autoridades declararam que foi um ataque terrorista, não estando claro se foi um dispositivo improvisado ou uma pessoa-bomba.

Kalaya fica situada na região de Orakzai, no Território Federal das Áreas Tribais do Paquistão, onde atuam diversos grupos armados, nomeadamente de orientação islâmica.

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