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Pânico no imobiliário do Reino Unido
Sete fundos imobiliários do Reino Unido suspenderam esta semana o reembolso dos seus fundos, depois de uma corrida ao resgate das unidades de participação nesses fundos, após o Brexit. Os titulares estão impedidos de recuperar os seus investimentos.
Segundo notícia da Reuters, a corrida aos reembolsos “chamou a atenção para a vulnerabilidade” do setor imobiliário comercial britânico e fez soar os alarmes de bancos e seguradoras não só britânicos, como alemães e norte-americanos. A confiança dos consumidores britânicos sofreu a maior queda desde dezembro de 1994, após o Brexit.
A Reuters cita um estudo da Universidade de Montfort, segundo o qual os bancos britânicos e as suas sociedades imobiliárias tinham, em finais de 2015, 105.000 milhões de euros (90.000 milhões de libras) em créditos concedidos ao setor imobiliário comercial britânico.
Os bancos alemães, norte-americanos e de outros países tinham uma exposição ao setor de 58.000 milhões de euros (55.000 milhões de libras), enquanto a exposição das seguradoras é de 30.000 milhões de euros (25.900 milhões de libras). Os bancos e as seguradoras da Alemanha, dos EUA e de outros países aumentaram os investimentos no imobiliário comercial britânico, desde a crise de financeira de 2008.
A expectativa, de que com o Brexit o investimento empresarial no Reino Unido diminua e com ele se reduza a procura de escritórios e centros comerciais, afetou o setor imobiliário e provocou a corrida aos resgates.
Segundo o estudo da Universidade de Montfort, a dívida imobiliária comercial do Reino Unido era de 214.000 milhões de euros (183.800 milhões de libras) no final de 2015.
Ainda segundo o referido estudo, a exposição dos bancos britânicos ao setor é grande, apesar de ter baixado na última década, com cerca de 45% do crédito concedido em 2015.
A exposição dos bancos alemães será de 21.000 milhões de euros (18.000 milhões de libras) e a dos bancos dos EUA será de 12.000 milhões de euros (10.500 milhões de libras).
Segundo a agência, na semana passada foram congelados mais de 21.000 milhões de euros (18.000 milhões de libras) ao serem suspensas as negócios dos fundos imobiliários.
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