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Palmira: “Não façamos de Bachar o salvador”, afirma historiador francês
O exército sírio do regime de Bachar al-Assad reconquistou neste domingo, 26 de março de 2016, Palmira, a cidade histórica que o Daesh (Estado Islâmico) tomou em junho de 2015 e, em parte, destruiu.
A vitória estratégica do regime sírio foi conseguida com o apoio russo. Nas últimas três semanas de combate pelo controle da cidade Palmira terão morrido 400 membros do Daesh e 188 do exército sírio, segundo dados do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, citados pelo jornal “Público”.
Bachar Al-Assad entregou Palmira ao Daesh "sem combate"
Em entrevista à France culture1, o historiador Maurice Sartre2 acusa Bachar Al-Assad de estar “na origem de todo o drama que atravessa a Síria”, sublinhando que oito em cada dez mortos são da responsabilidade de Bachar al-Assad e não do Daesh.
Questionado se “enquanto historiador, poderá dizer 'obrigado Bachar al-Assad por nos ajudar a libertar Palmira'”, Maurice Sartre responde que “certamente que não”, acusando o presidente da Síria pela responsabilidade principal do que se passa no país, apontando que o exército de Bachar é também responsável pela pilhagem, nomeadamente entre 2012 e 2015.
O historiador acusa ainda Bachar al-Assad de ter entregado Palmira ao Daesh “sem combate” e “abstendo-se mesmo de bombardear os comboios de veículos do Daesh que percorriam a estrada de Deir ez-Zor a Palmira através de 200 km de um deserto plano, como a palma da mão, e onde não há qualquer esconderijo”.
“Isto não impede que esteja muito feliz por ver o Daesh fugir”, destaca Maurice Sartre, acrescentando no entanto que o “segundo tirano” retomar o controle de Palmira, não alegra ninguém, “muito menos os sírios”.
Maurice Sartre afirma ainda que “o diretor geral das antiguidades, que fez um trabalho formidável, vai sem dúvida fazer rapidamente o balanço das destruições”, nomeadamente a “extensão das pilhagens e o desaparecimento de um património arqueológico insuspeito, desconhecido, não identificado mesmo pelos historiadores” e alerta que “é extremamente importante fazer isto rapidamente antes de o exército de Bachar al-Assad se entregar à pilhagem do local e ao tráfico de antiguidades, como o fez no passado”.
2 Professor emérito de História Antiga na Universidade de Tours e co-autor de “Zénobie, de Palmyre à Rome”
Comments
E é por isto que nunca
E é por isto que nunca votarei Bloco de Esquerda, apesar de concordar com quase tudo a nível nacional, a nível internacional é este disparate.
Foram "ouvir" um historiador francês que também é especialista em guerra e conhece como ninguém a geografia síria.
O exército sírio e não as forças do regime ou lá como gostam de chamar retirou-se de Palmira porque foi surpreendido por um ataque do daesh ajudado por células adormecidas do "exército sírio livre" e para prevenir a destruição das ruínas retirou-se.
Dizer que de Palmira até Deir Ezzour é tudo plano é uma mentira grotesca.
Um historiador que sabe pouco ou recebe muito.
O Bloco não aprendeu nada com a libia.
A recronquista de Palmira
Só um caluniador ressabiado, faz tal comentário, à grande reconquista, desse monumento Mundial, que é; Palmira. e mais não digo, para não ferir "muito" uma certa "esquerda", que dá guarida a TODO O LIXO, que é contra a Esquerda.....essa que cá anda a Lutar à quase 1 Século.
...Quem tiver dúvidas pode
...Quem tiver dúvidas pode ver também uma das notícias por exemplo do expresso onde o daesh executa 25 soldados sirios em palmira na altura que capturaram a cidade mas o historiador estava distraído.
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