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Palestiniano, autista e desarmado, a mais recente vítima do colonialismo israelita

Iyad Halak tinha 32 anos e deslocava-se para a sua escola de ensino especial. Sete tiros travaram-lhe o percurso, atingindo-o mortalmente.
Iyad Halak. Fonte: twitter.
Iyad Halak. Fonte: twitter.

As primeiras notícias que chegaram às agências internacionais davam conta da morte de um homem que tinha desobedecido a uma ordem da polícia israelita e acabara abatido a tiro. As forças de segurança alegaram que era suspeito de carregar uma arma. Finalmente, quando se conheceu a identidade da vítima também se soube que Iyad Halak afinal não estava armado.

O palestiniano de 32 anos era autista e ia para a escola de ensino especial quando foi abatido a tiro na cidade velha de Jerusalém este sábado. Terá sido atingido por sete balas.

O seu pai, Kheiri Hayak, confirma ao Canal 13 israelita que, depois do assassinato, a casa da família foi alvo de uma rusga mas “não encontraram nada”. Acrescentou que, provavelmente, Iyad teria na mão o seu telemóvel, uma vez que a família insistia que o mantivesse sempre na mão de forma a poder contactá-lo e “confirmar que chega seguro à instituição de ensino”. Não terá compreendido o que lhe era exigido.

A polícia israelita classificou o sucedido como “um incidente raro”, assegurou que os dois oficiais envolvidos foram interrogados e que haveria uma investigação interna. Contudo, a presença de Iyad era tudo menos rara já que todos os dias fazia o mesmo percurso e que foi morto a cem metros da porta do estabelecimento de ensino onde era aluno.

Depois dos acontecimentos, houve manifestações em Jerusalém Ocidental e em Tel Aviv. Um dos cartazes dizia “Palestinian lives matter”, uma referência à violência policial nos Estados Unidos que tem sido repetida nas redes sociais.

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