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Palácio do Gelo e Fórum Viseu não permitem que lojas encerrem

As administrações destes centros comerciais não permitem que os lojistas encerrem as seus estabelecimentos como medida de contenção do Covid-19. Trabalhadores destes centros comerciais têm protestado esta obrigação.
As administrações dos centros comerciais Palácio do Gelo e Fórum Viseu não permitem que os lojistas encerrem as seus estabelecimentos como medida de contenção do Covid-19
As administrações dos centros comerciais Palácio do Gelo e Fórum Viseu não permitem que os lojistas encerrem as seus estabelecimentos como medida de contenção do Covid-19

Durante a semana passada foi amplamente noticiado e divulgado que “no âmbito da prevenção da Covid-19” os lojistas destes dois Centros Comerciais têm a liberdade de “abrir os espaços até às 12h00 e encerrar a partir das 20h00”. Estas são “as medidas consensuais tomadas por todos os shoppings”, disse José Arimateia, diretor do Grupo Visabeira que gere o Palácio do Gelo, em declarações ao Jornal do Centro.

Muita gente aplaudiu estas medidas sem perceber que esta “liberdade” é na realidade a obrigação de manter as lojas abertas, pelo menos, entre as 12h00 e as 20h00, sejam elas de bens essenciais ou não, e que a redução aparece após anúncio das medidas governamentais que as previam, como se pode ler na circular abaixo, “tendo presente os últimos desenvolvimentos (…) nomeadamente os decorridos da reunião do Conselho de Ministros”.

Palácio do Gelo

Este comportamento que apenas tem em vista a rígidos compromissos empresariais contrariando tanto a vontade dos trabalhadores, que já se manifestaram por todo o país, tendo mesmo feito um protesto simbólico no Fórum Viseu (ver vídeo abaixo), e de lojistas que também o querem fazer, mas não têm essa permissão. “Inúmeras solicitações recebidas por lojistas”, pode ler-se nesta circular, que prova haver uma procura por informação sobre a flexibilidade na adaptação dos horários à realidade vivida.

Esta obrigação por parte das administrações dos centros comerciais põe em causa a capacidade das empresas e dos trabalhadores de tomarem decisões em prol da saúde pública.

 

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