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Países ricos acolheram menos de 3% dos refugiados sírios

A Oxfam fez a denúncia neste mês de dezembro de 2016 e divulgou um relatório em 16 deste mês (ver relatório na íntegra em inglês).
De acordo com a denúncia da ONG, quase cinco milhões de pessoas refugiadas sírias foram acolhidas pelos países vizinhos, mas os países ricos acolheram apenas 130.000 pessoas.
“Cerca de 130.000 sírios espalhados pelos países ricos do mundo são um número minúsculo, particularmente em comparação com o Líbano, onde uma em cada cinco pessoas é um refugiado. Embora o acolhimento não resolva a crise, é uma maneira tangível de proporcionar esperança para muitas pessoas refugiadas e mostra um ato concreto de solidariedade com os vizinhos da Síria, que acolhem a grande maioria dos homens, mulheres e crianças que fugiram da guerra ", destaca a organização.
Protesto no muro de Calais - Foto de migrantsrights.org.uk
O documento aponta que a Oxfam analisou as políticas de acolhimento de oito países – Alemanha, Austrália, Canadá, Holanda, Espanha, Estados Unidos, Reino Unido e Rússia – concluindo que em vários países os processos prolongados, o aumento dos controles de segurança e um “clima político cada vez mais hostil” atrasaram o acolhimento de pessoas refugiadas sírias. Noutros o acolhimento foi maior e mais rápido.
A Oxfam exemplifica que enquanto o Canadá acolheu 35 mil pessoas no ano passado, o Reino Unido acolheu pouco mais de 3.000 e os Estados Unidos da América acolheram apenas 10% das pessoas refugiadas que lhe cabiam. A Espanha acolheu apenas 4% das pessoas da Síria que se tinha comprometido a receber
Le mur de la honte fabrication 100% française...#Calais pic.twitter.com/LTh5UStsNf
— Heartist Sabrina (@SabrinaHeartist) December 19, 2016
A ONG sublinha também que os países vizinhos da Síria – Jordânia, Líbano e Turquia – acolheram a grande maioria dos cerca de cinco milhões de pessoas sírias refugiadas e, no essencial, enfrentaram a crise dos refugiados, em conjunto com o Iraque e o Egito, com parcos recursos e apenas algum apoio financeiro de outros Estados.
Em dezembro de 2016, o apelo humanitário para a crise das pessoas refugiadas sírias apenas tinha recebido metade dos fundos pedidos.
Além disso, há países que demoram seis meses a acolher uma pessoa refugiada, enquanto noutros países esse processo chega a demorar cinco anos.
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