Os pais queixam-se de sopas aguadas e de falta de ingredientes.
O descontentamento manifestado foi levado a reunião pública do executivo municipal na passada quarta-feira pela vereadora do Bloco, Joana Mortágua. De acordo com a mesma, o vice-presidente da câmara, João Couvaneiro, admitiu “existirem divergências” com a empresa que fornece as cantinas escolares e que esses diferendos “podem resultar em sanções futuras”.
Por sua vez, a Câmara de Almada explica que os problemas se devem à falta de pessoal da empresa concessionária.
“Nesta fase do arranque do ano lectivo, e por se verificar um número considerado elevado de ocorrências, foi realizada reunião com toda a equipa responsável da Uniself para avaliação da execução do contrato e sinalização dos incumprimentos, designadamente a nível da colocação de pessoal. A flutuação do pessoal foi justificada pela empresa pela dificuldade em fixar os recursos humanos, que abandonam o seu posto de trabalho, o que gera a entrada de novos recursos”, refere uma nota da autarquia enviada ao jornal Público.
A empresa concessionária, a Uniself — Sociedade de Restaurantes Públicos e Privados SA, fornece 37 das 44 escolas do 1.º ciclo de Almada. Segundo Joana Mortágua, este ano já recebeu mais de 700 mil euros do município e irá receber, nos próximos dois anos, cerca de três milhões de euros, razão pela qual o Bloco afirma que está em causa a concessão da alimentação escolar a privados.
Joana Mortágua afirma ainda que pediu à comunidade educativa que lhe enviasse testemunhos e que fará visitas aos refeitórios.