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Pais protestam contra má qualidade da comida na cantina escolar

Os encarregados de educação da EB 2, 3 Eugénio dos Santos estão insatisfeitos com a qualidade e a quantidade da comida servida aos alunos pela empresa Uniself. Ministério diz que não encontrou irregularidades.
Cantina escolar. Foto Paulete Matos.

Peixe e batatas crus, frango queimado ou fruta podre são alguns dos aspetos negativos apontados ao Jornal de Notícias pelos pais dos alunos da EB 2, 3 Eugénio dos Santos, em Lisboa. Às queixas sobre a falta de qualidade e a pouca quantidade da comida servida no refeitório juntam-se outras queixas, dirigidas à escola, por apenas disponibilizar uma mesa do bar para os alunos que preferem trazer o almoço de casa.

A presidente da Associação de Pais disse ao JN que tem recebido “queixas recorrentes sobre a qualidade e a quantidade” da comida e que chegou a organizar um dia de experiência, convidando os pais a almoçarem um dia no estabelecimento de ensino. Mas apenas dez responderam ao inquérito, pelo que “não conseguimos tirar conclusões”, disse Sara Fernandes.

Contactado pelo JN, o Ministério da Educação afira que “os serviços da DGeste estão a acompanhar a situação” e já visitaram a escola na sequência destas queixas, “não se tendo confirmado qualquer irregularidade”. Por seu lado, a empresa que tem a seu cargo a alimentação de milhares de alunos em muitas escolas do país, diz que cumpre padrões de segurança e qualidade “frequentemente mais exigentes do que a própria legislação europeia atual”.

O processo de descentralização de competências que está em curso no país deverá colocar a escola sob a tutela dos serviços municipais. No caso de Lisboa, a vereação bloquista da Educação tem apostado em reverter o modelo de fornecimento de refeições através de empresas externas nas escolas do 1º ciclo e jardins de infância sob a sua tutela.  O objetivo do Plano Municipal para as Refeições Escolares é que todas as escolas passem a ter confeção local das refeições, e que estas passem a ser mais saudáveis, integrando mais alimentos de produção local nas ementas, elaboradas por nutricionistas. A mudança já começou a ser implementada permitirá poupar 50 toneladas de plástico por ano, ao eliminar as cuvetes e outro material plástico que acompanha as refeições servidas em regime de catering.

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