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Orçamento suplementar deve dar resposta à fome e crise de emprego

O Bloco de Esquerda defende a necessidade de ter solidariedade e empatia na construção das respostas à atual crise. “É preciso ouvir o país”, defendeu Catarina Martins em declarações à imprensa durante uma visita, na companhia do vereador Manuel Grilo, a uma cantina escolar lisboeta que, após o encerramento das escolas, começou a confecionar comida para distribuir gratuitamente a quem dela necessita.
Lembrando que os mais recentes números indicam que cerca de 11% das famílias ficaram em situação de pobreza severa na sequência dos impactos do novo coronavírus na economia, a coordenadora do Bloco de Esquerda defende ser necessário garantir que respostas como a observada naquela cantina escolar são replicadas e garantidas em todo o país.
“O Governo anunciou um aumento do fundo de apoio, mas anunciou um aumento de apenas 40% das refeições. E isso não chega”, alertou, lembrando que só na cidade de Lisboa a resposta do pelouro dos Direitos Sociais, da responsabilidade do Bloco de Esquerda, passou de servir 300 para 15 mil refeições.
“É preciso compreender a emergência social e o grande aumento da resposta. E o orçamento suplementar deve dar essa resposta, até porque se para Lisboa isto é complicado, há autarquias que têm muito menos dinheiro e sem apoio não vão conseguir dar resposta”.
Porém, Catarina Martins lembrou que embora estas respostas configurem ajudas de emergência, o objetivo é garantir que ninguém delas necessite. Como tal, é necessário dar início imediato às políticas de emprego e recuperação económica.
“O orçamento suplementar deve dar esse passo decisivo para construir emprego em respostas públicas”, apoiando “quem perdeu o emprego e ficou sem nada em setores que não vão conseguir reconstruir-se tão depressa.”
“Aqui há uma coisa muito importante que é ouvir o país e ter empatia, compreender que esta crise afetou qualquer pessoa. Qualquer um de nós pode ser afetado com esta violência por esta crise”, apelou.
Para a coordenadora bloquista, em todas as respostas à crise que forem construídas, “é preciso ouvir o país, ter uma solidariedade e ter uma empatia necessária”.
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