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A opacidade de Paulo Morais enquanto vereador na Câmara do Porto

Enquanto esteve na Câmara Municipal do Porto, Paulo Morais não aplicou a legislação que obriga as autarquias a tornar público todo o seu inventário e disse aos moradores do Bairro de São João de Deus para irem queixar-se a Salazar quando estes foram alvo de demolições e despejos.
"É quase impossível identificar o Paulo Morais que hoje rasga as vestes pelos direitos dos cidadãos", escreve Daniel Oliveira

O candidato a Presidente da República, Paulo Morais, ignorou, enquanto foi vice-presidente da Câmara Municipal do Porto liderada por Rui Rui Rio, a Lei nº5- A2002 aprovada na Assembleia da República que obrigava todas as Assembleias de Freguesia e Municipais a apreciar o inventário de todos os bens, direitos e obrigações patrimoniais e respetiva avaliação, revela hoje num post na sua página do Facebook, Daniel Oliveira.

“Esta lei, refere, foi aprovada no final de 2001, e tinha como objetivo fazer cumprir as exigências de transparência dos poderes públicos porque, só desta forma, os cidadãos poderiam fiscalizar a gestão dos bens públicos municipais, como por exemplo, saber o número de imóveis e respetivos valores que estão na posse da autarquia e verificar a sua valorização ao longo do mandato”.

Na altura, Paulo Morais era também vereador com o pelouro da habitação e “nunca elaborou o inventário nem o levou à Assembleia Municipal”, sublinha Daniel Oliveira, apoiante da candidatura de Sampaio da Nóvoa.

Vão-se queixar a Salazar, disse Paulo Morais

“Durante a sua permanência na autarquia do Porto, Paulo Morais disse ainda aos representantes das Associações de moradores do Bairro de São João de Deus, no Porto, para se irem queixar a Salazar, já que tinha sido este o autor do decreto lei ao abrigo do qual se fizeram demolições e despejos de uma forma muitas vezes selvática”, escreve Daniel Oliveira

“A reabilitação do Bairro de São João de Deus, que levou à realização de vários despejos com o intuito de terminar com o tráfico de droga e assim requalificar toda a área com a construção de habitações unifamiliares em substituição das multifamiliares e vias de circulação estruturantes mais não era, segundo Daniel Oliveira, do que um expediente para enganar os tribunais nos processos judiciais desencadeados pelos moradores despejados”.

“Nos locais onde as casas foram demolidas não foram construídas as habitações referidas e os terrenos com paisagem fantástica para o Douro estão à espera que a especulação os faça render bom dinheiro”, sublinha.

“Falta a Paulo Morais um currículo imaculado como político.” lê-se no post, que acrescenta: “Gostava de saber o que teria o candidato Paulo Morais a dizer sobre o “político” do PSD, Paulo Morais. É que é quase impossível descobrir semelhanças entre o Paulo Morais que fala e o Paulo Morais que faz. O Paulo Morais que dá sermões e o Paulo Morais que manda”.

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