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ONG confirmou 326 mortes desde o início dos protestos no Irão
Pelo menos 326 manifestantes perderam a vida desde meados de setembro, quando tiveram início os protestos contra a morte de Mahsa Amini, a jovem curdo-iraniana presa dias antes pela polícia por infração ao código de vestuário, mais concretamente no uso considerado adequado do véu islâmico.
A vaga de protestos que tem abalado o regime correspondeu também ao endurecimento da repressão por parte das forças de segurança. Destas 326 vítimas mortais, um número que a ONG considera conservador pois não tem forma de verificar muitas da mortes que lhe são denunciadas, 43 são menores e 25 mulheres.
Estes números incluem os 123 mortos nas manifestações da província do Sistão-Baluchistão, junto ao Paquistão, dos quais 90 perderam a vida a 30 de setembro num protesto contra uma violação de uma adolescente atribuída a um oficial da polícia na cidade de Tchabahar. Mas há óbitos registados em 22 províncias e em novembro o dia mais mortífero foi o dia 4, com 16 mortes.
Mahmood Amiry-Moghaddam, diretor do IHRNGO, apelou à criação de um mecanismo internacional de investigação pela ONU, considerando que isso "facilitará o processo de responsabilização dos perpetradores no futuro e aumentará o custo da repressão contínua" por parte do regime.
Este sábado, o chanceler alemão Olaf Scholz reclamou o reforço das sanções a Teerão por parte da União Europeia. Depois de um primeiro pacote de sanções aprovado em outubro a quase uma centena de pessoas e organizações iranianas, esta segunda-feira a Alemanha e outros países vão propor novas sanções a elo menos 31 funcionários e instituições responsáveis pela segurança do país.
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