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OMM aponta que 2013 foi o sexto ano mais quente desde 1850

A Organização Meteorológica Mundial destaca que não há dúvidas de que a temperatura média da Terra está a subir e aponta 2013 como o sexto ano mais quente desde 1850. Por Fabiano Ávila do Instituto CarbonoBrasil.

No último dia 22, a NASA divulgou um comunicado salientando a contínua elevação das temperaturas do planeta desde a Revolução Industrial, facto que a agência considerou como uma evidência incontestável do aquecimento global.

Agora foi a vez de a Organização Meteorológica Mundial (OMM) destacar que é “inegável” a tendência de aquecimento do nosso planeta.

A OMM classificou 2013 como o sexto ano mais quente desde 1850, com uma temperatura 0,5°C acima da média entre 1961 e 1990. Por sua vez, a NASA informou que o ano passado foi o sétimo mais quente, enquanto a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA) classificou-o como o quarto. No entanto, as três entidades concordam que 13 dos 14 anos com as maiores temperaturas médias aconteceram no século XXI.

“A temperatura global para o ano de 2013 é consistente com a tendência de aquecimento a longo prazo. A taxa do aquecimento não é uniforme, mas a tendência de elevação é inegável. Considerando a quantidade de gases do efeito de estufa na nossa atmosfera, as temperaturas continuarão a subir por gerações”, declarou Michel Jarraud, secretário-geral da OMM.

“A nossa ação – ou inação – para reduzir as emissões de dióxido de carbono e outros gases do efeito de estufa moldará o estado do planeta para nossas crianças, netos e bisnetos”, completou.

No seu boletim, a NASA também havia afirmando de forma enfática o papel da concentração de gases do efeito de estufa (GEEs) na alta das temperaturas.

“Os padrões meteorológicos sempre causarão flutuações nas temperaturas médias anuais, mas o aumento contínuo nos níveis de GEEs na atmosfera da Terra está a resultar na elevação das temperaturas globais a longo prazo (...) Os cientistas esperam que cada década seja mais quente do que a anterior”, destacou.

Segundo a agência espacial norte-americana, a concentração de GEEs na atmosfera está na faixa das 400 partes por milhão, a maior vista no planeta nos últimos 800 mil anos.

A OMM destacou ainda que 2013 foi um ano sem influência do El Niño, portanto sem uma grande variabilidade natural que explicasse o porquê das altas temperaturas.

A entidade alerta também que mais de 90% do excesso de calor causado pelas atividades humanas está a ser absorvido pelos oceanos, mascarando de certa forma o quão rapidamente está a dar-se a elevação das temperaturas do planeta.

O relatório completo da OMM sobre 2013, o Status of the Climate 2013, será publicado em março, e trará mais informações sobre dados regionais, precipitação, enchentes, secas, ciclones tropicais, cobertura de gelo e nível do mar.

Artigo de Fabiano Ávila do Instituto CarbonoBrasil.

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