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OE2016: Donos dos fundos imobiliários apelam ao regresso da direita

O presidente da APFIPP, a associação que representa os interesses dos fundos imobiliários, criticou o Orçamento de Estado para 2016 que dita o fim das isenções de IMI e IMT aos fundos de investimento imobiliário. Esta medida foi várias vezes proposta no parlamento pelo Bloco de Esquerda, mas sempre chumbada.
A sua inclusão no OE2016 permite recuperar cerca de 50 milhões de euros que até agora eram retirados aos contribuintes para benefício excusivo de uma atividade que tem fomentado a especulação imobiliária nos centros urbanos.
Num comunicado divulgado pela agência Lusa este domingo, o presidente da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP) referiu-se às declarações do primeiro-ministro e lider do PS, que na véspera deu um conselho aos que querem proteger rendimentos da banca e destes fundos: “votem no PSD, votem no CDS, e têm [isso] garantido”.
Na reação dos donos dos fundos, "a APFIPP convida os aforradores que colocaram as suas poupanças nos Fundos de Investimento Imobiliário Abertos a ponderarem seriamente a opção de voto que lhes foi sugerida para as próximas eleições, contribuindo assim para a preservação das suas poupanças”.
A Associação dá por seguro que PSD e CDS incluam nos seus programas eleitorais futuros o regresso deste brinde fiscal aos fundos imobiliários que têm indignado a sociedade e em particular as famílias que têm de pagar o IMI das suas casas na totalidade.
Comments
oe2016
..."agora tens que ir trabalhar!"
Acabem-se também com as
Acabem-se também com as benesses fiscais das SGPS e das Fundações, e de uma vez se considerem nulas as PPP consideradas fraudulentas pelo Tribunal de Contas!
Mama seca
Quando falta a mama aos parasitas, até nem se importam que seja o diabo a governar!...
Trata-se de uma medida justa
Trata-se de uma medida justa que vem colocar fim a um privilégio injustificado.
Porém, a receita do IMI e do IMT constitui uma receita dos Municípios.
Ora, sabendo que nem todos os Municípios irão beneficiar proporcionalmente com o aumento da receita do IMI e do IMT resultante do fim da isenção constante do OE para 2016 (haverá mais imóveis pertencentes aos fundos imobiliários nas grandes cidades do que nas pequenas cidades e vilas), é minha convicção que o aumento da receita se vai diluir nos orçamentos municipais, sem constituir um benefício efetivo para os munícipes, nomeadamente com taxas de IMI mais baixas (O IMT tem taxas definidas na Lei e os Municípios não as podem alterar), ou na melhoria de infraestruturas.
Seria curioso saber qual o aumento da receita do IMI (no IMT será apenas um aumento expectável porque depende de um facto aleatório - a efetiva transação dos imóveis) nos municípios de Lisboa e Porto, para perceber se os autarcas destinariam esse aumento a ser utilizado em benefício das pessoas, com melhoria de infraestruturas, ou alívio da taxa de IMI, ou se é apenas mais uma receita para gerar mais assessores e mais despesa socialmente inútil.
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