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“O radicalismo está no PS/Açores, que promove a precariedade e o amiguismo nos negócios”

No maior jantar de campanha do Bloco nos Açores, que juntou mais de 300 pessoas, Zuraida Soares apontou baterias à maioria absoluta do PS nos Açores. Catarina Martins defendeu que a mudança que começou no continente vai continuar nas eleições regionais de 16 de outubro.
Foto Paulete Matos

Cerca de 300 pessoas participaram no maior jantar-comício de sempre do Bloco nos Açores, que teve lugar este sábado em Lagoa, na ilha de São Miguel.

A cabeça de lista do Bloco pelo círculo desta ilha teceu duras críticas ao poder da maioria absoluta do PS e respondeu ao líder socialista Vasco Cordeiro, que acusara o Bloco de “radicalismo e extremismo”.

“O radicalismo não está do lado do Bloco de Esquerda. O radicalismo está do lado do Partido Socialista, que promove o amiguismo nos negócios, a quebra de direitos, a exploração de quem trabalha e a precariedade laboral, em particular, nos jovens”, afirmou Zuraida Soares, reafirmando o objetivo do Bloco de alargar a representação parlamentar na Assembleia Legislativa Regional.

“Precariedade é o maior assalto que se faz ao país”

Catarina Martins também interveio neste jantar-comício para lembrar que “há um ano a política nacional mudou porque o Bloco cresceu: vejam como em 2016 foram repostos feriados e rendimentos, pararam privatizações e passou a tratar-se as pessoas com a dignidade que merecem, ainda que tanto esteja por fazer. Não é tempo também de mudar alguma coisa nos Açores?”, perguntou, no início de um discurso que apelou ao voto da juventude açoriana para fazer a diferença das eleições de 16 de outubro.

Cerca de 300 pessoas participaram no jantar de campanha deste sábado em Lagoa, na ilha de São Miguel.

Cerca de 300 pessoas participaram no jantar de campanha deste sábado em Lagoa, na ilha de São Miguel.

“No dia 16 podem ter voz, usem o poder desse voto e não se resignem. A escola, o trabalho e a dignidade são para todas as gerações e os mais jovens podem dar a volta a isto e são quem pode fazer a diferença no dia 16”, afirmou Catarina, defendendo que “é preciso virar a página do abuso laboral, do abandono escolar, da humilhação de quem vive sempre com tão pouco e de quem sente todos os sacrifícios”.

A coordenadora do Bloco falou da precariedade presente nas vidas de tantos jovens da Região, em que um em cada três jovens está desempregado, considerando que ela “é o maior assalto que se faz ao país”, porque a precariedade “tira salários, tira direitos, tira as mais básicas condições de vida”.

A exigência que o Bloco apresenta nestas eleições “é simples: que quem trabalha tenha um contrato de trabalho, não é trabalho à hora, não é um POC [programa ocupacional], não é estágio, é um contrato de trabalho, quem trabalha tem que ter direito a um contrato de trabalho e a salário digno. É essa a nossa luta”, sublinhou, referindo ainda que nos Açores “o combate ao abandono escolar, o combate pelo acesso à educação e o combate à precariedade são o mesmo combate”.

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