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“O que tem puxado os Açores para trás é a maioria absoluta do Partido Socialista”

Durante um jantar-comício na cidade da Horta, Catarina Martins invocou a ideia que foi repetida várias vezes durante o dia nas diversas iniciativas em que participou: “Isto tem de mudar, como está não pode continuar”.
"É preciso mudar porque já ninguém suporta a chantagem e a opressão de um Partido Socialista com maioria absoluta, que não sabe o que é a democracia e põe a opressão na vida de todas as pessoas. Isto tem de acabar!", afirmou a dirigente bloquista.
“É preciso fazer a diferença nas eleições de 16 de outubro”
Segundo Catarina Martins, é preciso "fazer a diferença" nas eleições regionais de 16 de outubro, através do voto no Bloco de Esquerda, um partido que, conforme explicou, não "é fechado" e pode merecer a "confiança" do povo.
"Uma lista política não é como um clube de futebol, em que ficamos presos à cor da nossa infância", salientou a coordenadora do Bloco, acrescentando que, na política, as pessoas devem votar, "em quem pode responder às necessidades concretas" da sua vida.
Nesse sentido, deixou o apelo, "da direita à esquerda", para que votem no Bloco. Dirigiu-se aos que estão "desiludidos" com "um PSD sem projeto ou com um CDS que não diz nada de jeito na Região nem no país", e àqueles que estão “fartos do amiguismo” e que “levam a democracia a sério”.
Catarina Martins destacou que “o grande objetivo nesta eleição é que a Zuraida Soares tenha companhia na Assembleia Legislativa Regional", acrescentando que se um deputado do Bloco "prova que pode fazer tanta diferença", um grupo parlamentar poderá fazer ainda mais.
A dirigente bloquista lembrou também que João Stattmiller, cabeça de lista do Bloco de Esquerda pelo círculo do Faial, não tem “faltado a nenhuma luta” e “nunca foge a dar a cara”.
Sublinhando que este é “um compromisso regional mas também um compromisso nacional”, Catarina Martins assegurou que, assim que voltar ao continente, irá apresentar junto do Governo da República uma proposta para “garantir que são acionados os meios necessários para a ampliação da pista do Aeroporto da Horta”.
A deputada assumiu ainda outro compromisso: que o Bloco irá insistir na criação de um Centro de Investigação das Ciências do Mar no Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores.
“Bloco não é refém de nenhum partido político”
Catarina Martins apontou que “o Bloco não é refém de nenhum partido político” e que o compromisso dos bloquistas “é com as pessoas que vivem nesta região e neste país, e é sempre isso que determina o que fazemos”.
“O que existe hoje na República com a atual maioria parlamentar não implica a subordinação do Bloco à agenda do PS ou de seja quem for”, vincou, sublinhando que “é um acordo negociado dia a dia para puxar pelas condições de vida de quem trabalha e de quem trabalhou toda uma vida e com a clareza sempre de não ceder no que é fundamental”.
Nesse sentido, segundo a deputada, “não é surpresa para ninguém que o Bloco tenha chumbado um orçamento retificativo para o Banif tão ruinoso para os Açores como para todo o país”.
Catarina Martins referiu-se ainda à determinação com que o Bloco aprovou um Orçamento do Estado para 2016 “que repôs salários, que protegeu serviços públicos, reverteu privatizações e reintroduziu feriados como o de 5 de outubro”.
"No momento em que está em preparação o Orçamento de Estado para 2017, o Bloco de Esquerda terá sempre o seu voto determinado pelas condições concretas que o Orçamento de Estado dá às pessoas", sublinhou a dirigente bloquista, adiantando que se a proposta de OE para o próximo ano, "respeita salários, valoriza pensões, protege o Estado social e tem condições para o emprego", então será isso que "compromete o voto" do Bloco.
“O que tem puxado os Açores para trás é a maioria absoluta do Partido Socialista”
“O que precisamos aqui nos Açores é dessa exigência política para andar para a frente, porque, sejamos claros, o que tem puxado os Açores para trás é a maioria absoluta do Partido Socialista”, apontou Catarina Martins.
A dirigente bloquista criticou uma maioria do PS “crescentemente arrogante para com as pessoas que vivem nos Açores”, um PS que é “minado pelos negócios, pelo amiguismo, pela opacidade” e que “é incapaz, neste momento, de um projeto de futuro para os Açores”.
“Onde devíamos ter defesa da autonomia, tem sobrado subserviência seja aos Estados Unidos seja a outra potência que aí venha, onde devíamos ter transparência, exigência na clareza nas contas pública, tem sobrado opacidade, contratos mal explicados, amiguismo, onde precisávamos de apoio social às vítimas da crise que se abateu sobre todo o país, e sobre os Açores com força, tem sobrado a chantagem de quem usa o apoio social para dominar as pessoas e para lhes tirar os direitos, a dignidade e a emancipação de que precisam”, lamentou a coordenadora do Bloco.
Catarina Martins deixou ainda críticas à “direita desorientada” que “tudo o que tem para oferecer é o seu passado que foi calamitoso para a economia do país e da região”.
O jantar-comício na cidade da Horta contou ainda com as intervenções de Paulo Mendes, coordenador do Bloco de Esquerda dos Açores, João Stattmiller, cabeça de lista do Bloco de Esquerda pelo círculo do Faial, e Rui Pedro Silva, mandatário da candidatura do Bloco no Faial.
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