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“O que move a direita é proteger renda de 15 milhões aos amigos dos colégios”

No debate quinzenal, Catarina Martins acusou a direita de estar preocupada em proteger “renda de 15 milhões aos amigos dos colégios privados”. A porta-voz bloquista sublinhou ainda haver “capacidade nos hospitais públicos que não está a ser utilizada” ao mesmo tempo que se aumentaram as Parcerias Público-Privadas nos últimos anos.
Fotografia de António Cotrim/Lusa.

Referindo-se à recente polémica em torno do financiamento a privados na Educação, a porta-voz do Bloco, Catarina Martins, traçou um paralelo com a Saúde e sublinhou que "há capacidade nos hospitais públicos que não está a ser utilizada" ao mesmo tempo que se aumentaram as Parcerias Público-Privadas (PPP) nos últimos anos.

Catarina Martins diz ter tentado "fazer o exercício de tentar compreender a direita" e o seu "frenesim" sobre esta matéria.

"Nos últimos anos condenaram ao desemprego dezenas de milhares de professores e até os convidaram a emigrar", vincou Catarina Martins, que acusou PSD e CDS-PP de quererem proteger as "rendas para os amigos".

A porta-voz bloquista abordou também o uso da Comissão Europeia de Portugal "como chantagem contra os eleitores em Espanha", numa altura em que se aproximam novas eleições no país vizinho, e reiterou o apoio bloquista ao executivo do PS e à recuperação de rendimentos dos portugueses.

"O Bloco de Esquerda está determinado para uma maioria estável na recuperação de rendimentos que consiga resistir a todas as pressões de Bruxelas", sublinhou.

A Comissão Europeia negou na quarta-feira ter decidido propor sanções a Portugal e Espanha no quadro dos Procedimentos por Défice Excessivo, reiterando que as decisões sobre o cumprimento do Pacto de Estabilidade e Crescimento só serão tomadas na próxima semana.

O Euractiv, publicação 'online' dedicada a assuntos europeus, noticiava nesse dia, citando fontes comunitárias, que o colégio da 'Comissão Juncker' decidiu lançar um inédito procedimento de sanções contra Espanha e Portugal após concluir, num debate de orientação realizado na terça-feira, que os dois países não fizeram "esforços suficientes" para reduzir os respetivos défices.

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