You are here
“O que mantém a tourada de pé é o dinheiro público”
Para Rita Silva, “aquilo que continua a manter a tauromaquia de pé, nos oito países onde existe, é o dinheiro público”. “Para nós a chave é acabar com os dinheiros públicos. Se vivesse exclusivamente dos fundos privados já não existia.”, remata.
O Bloco de Esquerda defende o fim do financiamento público das touradas. Aliás, já em 2012 Catarina Martins lembrava que “Portugal tem financiado, seja através de dinheiros comunitários, seja através de orçamento das autarquias e do Orçamento do Estado, espetáculos tauromáquicos” e que, em 2009, o Estado gastou “na ordem de um milhão de euros” com eventos deste tipo.
Em novembro de 2017, o Bloco apresentou uma proposta de terminar a isenção do IVA para as touradas, relembrando que esta isenção “corresponde a uma opção de despesa fiscal para prossecução de objetivos de interesse público. Igualmente, os produtos e atividades com taxas de IVA reduzido correspondem a opções de despesa fiscal também para a prossecução de objetivos de interesse público”. Por isso, “garantir aos toureiros e à tauromaquia isenção de IVA, constitui uma forma de apoio público a uma atividade que é contrária ao respeito pelo bem-estar animal”, defendia o partido.
Esta semana, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) considerou que as touradas fazem parte da “herança cultural” portuguesa, rejeitando um projeto lei do Bloco para que estas fossem transmitidas em horário tardio na televisão.
Add new comment