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“O interior continua a ser tratado como se não fosse Portugal”

Marisa Matias destacou, no Fundão, as capacidades únicas que o Presidente da República tem para “dar voz e pôr em diálogo sectores que são sistematicamente esquecidos na sociedade”, e afirmou que não vê “grande empenho dos outros candidatos em relação a isso”.
Foto de Paulete Matos

Marisa Matias está esta segunda-feira no distrito de Castelo Branco, onde durante a manhã visitou o Mercado Municipal do Fundão, e, à saída, afirmou aos jornalistas que cabe ao Presidente da República “garantir que os direitos existem, que a saúde é mesmo universal, que a escola pública é mesmo igualitária e inclusiva, e que a justiça é mesmo para todos”.

A candidata presidencial salientou que o interior se defronta com problemas “de forma mais vincada", porque ali falta tudo. "Falta emprego, falta investimento, faltam transportes, falta justiça”, e acusou as instituições - não sendo a Presidência da República uma exceção - de continuarem a tratar o interior como se não fosse Portugal.

“Não se pode deixar de fora da discussão pública estas pessoas que trabalham aqui há anos, que têm pequenos negócios, que se sentem ameaçadas pela crise. A função do Presidente da República não é a de resolver os problemas, mas é sua função garantir que os direitos estejam a ser cumpridos, e isso não tem acontecido”, frisou.

Questionada sobre o candidato da direita, disse que “Marcelo representa a continuidade, representa um sistema de política em que os amigos da Presidência são uma mão cheia de elites. Acho que está na altura de termos uma Presidente que tenha como melhores amigos a generalidade da população portuguesa, e não as elites que têm controlado e levado este país a resultados desastrosos”.

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