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O debate a nove nas redes

Tiago Ivo Cruz resumiu a abertura do debate através das críticas de Costa à esquerda, da direita a “esconder o seu programa apostando na mobilização anti-Costa” e do contraste com Catarina Martins que “defendeu entendimentos e propostas”.
-Costa abre o debate a criticar a esquerda.
Escolhas.
-A direita esconde o seu programa apostando na mobilização anti-Costa.
Escolhas.
-Catarina defende entendimentos e propostas.
Escolhas.— Tiago Ivo Cruz (@tiagoivocruz) January 17, 2022
Num debate com alguns tabus, houve uma revelação pouco reveladora: António Costa, apesar de ter fugido da pergunta sobre entendimentos pós-eleitorais com o PSD, proferiu finalmente a expressão “maioria absoluta”. Maria Escaja, aproveitou para recordar as críticas que o primeiro-ministro noutras ocasiões proferiu contra elas...
Se o António Costa não ouve as pessoas, nomeadamente os eleitores e os outros partidos, talvez possa ouvir-se a si próprio sobre os portugueses não gostarem nem terem boas memórias de maiorias absolutas. Até lhe deixo aqui o vídeo. (Eu tentei, António, eu tentei). pic.twitter.com/ec6U7Ko6Pv
— Maria Escaja (@mariaescaja) January 17, 2022
Por sua vez, Rui Rio abriu o debate a assumir a sua disponibilidade para discutir “governabilidade” com o PS e a querer resposta do PS sobre isso. Quanto ao seu futuro à frente do PSD depois das eleições trouxe um “logo se vê”. Também sem surpreender, aquele que na semana passada dizia que há funcionários públicos a mais e que é “líder do partido que há 40 anos desinveste e retira competências ao SNS”, veio agora dizer que este está em falência, realçou José Simões:
Rui Rio, líder do partido que há 40 anos desinveste e retira competências ao SNS, diz que o SNS está em falência, depois de na semana passada dizer que há funcionário públicos a mais pic.twitter.com/1EUZhtvz4a
— José Simões (@der_terrorist) January 17, 2022
A participação dele neste debate foi, aliás, assim resumida por Carmo Afonso: “não ponham para trás: rui rio não disse nada.”
não ponham para trás: rui rio não disse nada.
— carmo afonso (@carmoafonso) January 17, 2022
Catarina Martins tinha lembrado que os vários participantes no debate pelo espetro direito tinham ligações ao governo PSD/CDS/Troika, e jo trouxe, a esse propósito, a imagem dos quatro cavaleiros do Apocalipse:
Os 4 cavaleiros do apocalipse:
Morte - Rui Rio sucessor do passos coelho pelo psd;
Fome - Cotrim de Figueiredo - Presidente do Turismo de Portugal no governo de Passos Coelho;
Guerra - Chicão adjunto do governo psd de passos de coelho;
Peste - av discípulo reacionário do psd. pic.twitter.com/NgvcuoKGW1— Jo (@jonychips) January 17, 2022
Para além de Rio, o resto da direita esforçava-se por aparecer.
Chicão terminando:
“ideologia de género; touros”.
AV: “Sócrates, bandidos, gamar.”
Cotrim: “TAP e simuladores”
C é q há 1 pessoa neste país que n sorria perante estas direitas miseráveis e fraquinhas?
Viva a Esquerda portuguesa, que ganhou este debate e que vencerá dia 30
— Catarina Coutinho (@CatarinaCoutin3) January 17, 2022
Para além de repetir o número sobre “ideologia de género”, o líder do CDS voltou a agitar o fantasma do PREC e inventou bancarrotas sucessivas no país que não aconteceram:
Oh Chicão!
A última bancarrota de Portugal foi no final do século XIX.
O Costa ainda não era nem sonhado, quanto mais nascido!— Carlos Paz (@carlos_jb_paz) January 17, 2022
Já Cotrim de Figueiredo, continuou a insistir nas narrativas de sempre do credo liberal.
Sobre saúde, Mariana Mortágua comentou “Os liberais não se importam de pagar mais pela saúde, desde que seja privada.”
Os liberais não se importam de pagar mais pela saúde, desde que seja privada.
— mariana mortágua (@MRMortagua) January 17, 2022
E sobre a enésima repetição de que os países do leste ultrapassaram Portugal, Miguel Martins trouxe números que revelam afinal contradições no “modelo” liberal, os do peso das empresas públicas no PIB nestes países:
João Cotrim Figueiredo gosta de comparar Portugal com os países da Europa de Leste.
Mas é engraçado, esquece-se sempre de falar de um pormenor - o peso das empresas públicas no PIB. Enganos, enganos...#Legislativas2022 pic.twitter.com/FcK5nqgRHW
— miguel (@miguelafmartins) January 17, 2022
Também sobre a taxa única de impostos, Nuno Saraiva apresentou outra lista que mostra que esta não será propriamente sinónimo da prosperidade que a Iniciativa Liberal quer colar à medida:
A lista de países que têm flat tax. Além de serem autênticos colossos económicos, são óptimas companhias e referências de Democracia. As referências da IL parecem uma graçola do @RuiRioPSD . pic.twitter.com/PPk7mTApZ9
— nuno saraiva (@nuno_a_saraiva) January 17, 2022
E Luís Soares considerou que Rui Tavares “muito bem” a realçar “a hipocrisia do Cotrim em não admitir que a sua proposta de IRS beneficia os ricos!” apesar da insistência do moderador:
Rui Tavares a realçar muito bem a hipocrisia do Cotrim em não admitir que a sua proposta de IRS beneficia os ricos!#legislativas22 #legislativas2022
— Luís Salgueiro Soares (@luisoares16) January 17, 2022
Quanto a André Ventura, também tentou entrar na competição do mais liberal e quis trazer a sua contribuição sobre a prosperidade do leste europeu, revelando que Portugal foi ultrapassado pela Checoslováquia. Pedro Sales sugeriu-lhe outros países no mesmo campeonato:
fomos ultrapassados nos últimos anos pela checoslováquia, diz ventura, esquecendo-se ainda de referir a áustria-hungria e o império otomano.
— Pedro Sales (@pedro_sales) January 17, 2022
Mais a sério, Mariana Mortágua destacou a contradição do Chega agora dizer que quer “investir” no SNS quando antes queria acabar com ele.
O Chega propôs “investir” no SNS, logo depois de ter escrito no seu programa eleitoral que queria acabar com o SNS e vender as escolas. Tudo para dar o negócio às empresas privadas, financiadas pelo Estado. Haja vontade de criar subsídiodependentes
— mariana mortágua (@MRMortagua) January 17, 2022
E notou que Ventura também tem um tabu seu: “Sobre offshores, vistos gold, planeamento fiscal agressivo, Ventura caladinho caladinho”
Sobre offshores, vistos gold, planeamento fiscal agressivo, Ventura caladinho caladinho https://t.co/0wwr8Ns6Cb
— mariana mortágua (@MRMortagua) January 17, 2022
Outro silêncio foi realçado por Diogo Faro. O líder da extrema-direita não respondeu sobre a tal “metade do país que não trabalha”.
Carlos Daniel para Ventura:
- Qual é a metade do país que não trabalha?
- Eu adoro bacalhau com natas.
- Mas qual é a metade que não trabalha?
- Já ouviu falar em krav maga?
- Não me está a responder.
- Mas digo-lhe já que há uma nova série sobre ciganos muito inter...
- Enfim.— Diogo Faro (@SensIdiota) January 17, 2022
Para além do liberalismo, há quem tenha visto outra concordância à direita. João Albuquerque destacou o “machismo marialva” dos candidatos de direita que interromperam as mulheres.
Os candidatos da direita têm o machismo marialva à mostra. Vejam lá isso.
(Parem de interromper mulheres quando falam!)— Joao Albuquerque (@jdalbuquerque) January 17, 2022
E João Quadros viu o mesmo no olhar da direita:
Ha uma espécie de olhar nos lideres partidários que diz a catarina martins e à Inês- o debate ja chegou à cozinha ??? - é uma coisa que não conseguem esconder
— Joao Quadros (@omalestafeito) January 17, 2022
Mafalda Dâmaso foi outra das que não deixou escapar esta atitude, a propósito da intervenção de Inês Sousa real sobre touradas:
A @lnes_Sousa_Real fala sobre touradas e os machos da direita portuguesa, incapazes de se controlar, interrompem-na um a um, demonstrando mais uma vez que os homens são demasiado emotivos para a política. #legislativas2022
— Mafalda Dâmaso (@MafaldaDms) January 17, 2022
Também houve quem não deixasse passar em claro que este foi mais um debate em que os moderadores não fizeram perguntas sobre a crise climática, como vinca João Camargo.
Mais um debate legistativo em 2022 em que não se fala da crise climática. A imprensa está a tentar fazer o pleno. #umapoliticaparaocolapso #servicopublico #imprensalivreemcapitalismo #DontLookUp
— João Camargo (@JoCamargo83) January 17, 2022
E não foi o único tema sobre o qual não houve espaço. Também a habitação e cultura não foram abordados, com esta a ser apenas mencionada pelo candidato da CDU:
Em 2h não se falou de problemas tão graves como emergência climática e habitação, principalmente pq a maioria se perde em ataques ocos eleitoralistas. Louvo o camarada João Oliveira por ter sido o único a falar sobre a importância de investir na produção nacional e na cultura.
— GUADA VOTA CDU (@rainhapura) January 17, 2022
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