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Número de jornalistas sequestrados aumentou 35% em 2015

A organização Repórteres sem Fronteiras (RSF) anunciou que, neste momento, há 54 jornalistas que estão sequestrados em todo o mundo, ou seja, mais 35 por cento do que no ano anterior.
O sequestro de jornalistas faz parte da estratégia de terror utilizada por organizações extremistas

A estes profissionais somam-se ainda três “ cidadãos jornalistas” e quatro colaboradores de orgãos de informação.

No relatório da RSF pode ainda ler-se que "entre os jornalistas detidos há cinco mulheres e um cidadão estrangeiro, o iraquiano Mohammed Rasoli que está detido na Turquia deste o final de Agosto pelo facto de ter participado numa investigação de natureza jornalística relacionada com a situação curda na fronteira síria".

Todos os jornalistas foram sequestrados em zonas de conflito armado: 91 por cento no Médio Oriente e 9 por cento no Norte de África sendo que apenas quatro países concentram todos os casos de sequestro: 26 jornalistas na Síria, treze no Iémen, 10 no Iraque e cinco na Líbia.

O país mais perigos para estes profissionais realizarem o seu trabalho é a Síria uma vez que “os jornalistas são um alvo fácil para grupos radicais como o Estado Islâmico (EI) ou a Frente Al-Nusra”, refere ainda este relatório que acrescenta: “estes grupos extremistas usam o sequestro de jornalistas para tentarem obter dinheiro com os resgates e também como uma forma de pressão para manter o estado de terror e calar críticas”

Os RSF referem ainda a China com 23 jornalistas presos, seguindo-se o Egito com 22, o Irão com 18 e a Eritreia com 15.

Para o secretário geral dos Repórteres Sem Fronteiras, Christophe Deloire, existe uma “indústria de reféns que se desenvolveu em certas zonas de conflito”.

Perante este cenário, o responsável desta organização afirmou estar “muito alarmado” pelo aumento do número de repórteres mantidos como reféns que está, acima de tudo ligado ao elevado número de sequestros de jornalistas no Iémen perpetrados por milícias houthi e pela Al-Qaeda.

Apesar deste cenário, o número de jornalistas presos caiu de 178 em 2104 para 153 este ano apesar de continuar a haver “importantes prisões” para os profissionais da comunicação social, sublinham os RSF que apresentarão o relatório sobre os jornalistas assassinados no final deste mês.

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