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Novo projeto para o quarteirão da Portugália não terá torre

O projeto previa inicialmente uma torre de 60 metros de altura e depois da contestação passou para 49 metros. Agora foi reformulado e vai dar lugar a edifícios com um máximo de 26 metros de altura. Bloco exige manutenção de uma creche no novo projeto.
Imagem Stop Torre 60m Portugália/Facebook

O polémico projeto da Torre da Portugália, situado nos terrenos da antiga cervejaria lisboeta, foi reformulado depois de muita contestação dos moradores desta zona da cidade. No conjunto, o novo projeto irá contemplar edifícios com um máximo de oito andares e 26 metros de altura.

Segundo o novo documento, ao qual o Diário de Notícias (DN) teve acesso, serão criados 98 fogos e 165 unidades de alojamento turístico. Além disso os edifícios terão também espaços comerciais e de serviços. O desenho proposto segue uma lógica "muito próxima de outros quarteirões da avenida, adotando o modelo tradicional de quarteirão, respeitando as alturas máximas quer de fachadas, quer de construções".

A apreciação do parecer favorável condicionado estava prevista para a reunião de Câmara desta quinta-feira, mas acabou por ser adiada a pedido do PCP, CDS e PSD.

Já o Bloco de Esquerda anunciou como certo o seu voto contra esta proposta. De acordo com o mesmo jornal, os bloquistas contestam a construção de mais um hotel "numa cidade que já mostrou precisar de investimentos mais diversificados" e defendem a necessidade de um equipamento social, "nomeadamente uma creche, numa zona que precisa e que vai ter mais densidade populacional". O Bloco também sustenta que que as "as pessoas não foram ouvidas, apesar da polémica inicial" que rodeou este processo.

De acordo com os documentos consultados pelo DN, estava prevista a proposta de cedência de um edifício com uma área de 588 metros quadrados, onde a câmara admitia instalar uma creche, um equipamento público em falta naquela zona, segundo os serviços municipais. No entanto, o requerente veio depois propor, em alternativa, a entrega de habitações à autarquia, pelo que os serviços da câmara remetem a construção da creche para "outras operações urbanísticas na freguesia de Arroios", optando por afetar estes fogos ao programa de Renda Acessível.

Fonte da Câmara Municipal de Lisboa revelou ao DN que além destas contrapartidas será ainda afetado um logradouro privado para utilização pública e serão criadas “novas ligações pedonais”. Fica ainda prevista a reabilitação da Cervejaria Portugália e da antiga Fábrica de Cerveja.

Há dois anos, um movimento popular organizou-se na indignação do projeto da "Torre Portugália". O projeto volta em breve...

Publicado por Beatriz Gomes Dias em Quinta-feira, 1 de abril de 2021

 

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