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Novo derrame obriga à declaração de estado de emergência no Ártico
As autoridades russas declararam o estado de emergência no distrito de Taimyr, região de Krasnoyarsk, depois de um derrame de cerca de 44,5 toneladas de combustível perto da cidade de Tukhard, Sibéria, este domingo. A empresa responsável por este desastre ambiental é a Norilsk Transgas, uma subsidiária da Nornickel, a maior empresa extratora de níquel e paládio do mundo.
A mesma empresa tinha já sido responsável por um outro derrame no final de maio deste ano, que derramou 21 mil toneladas de combustível para o meio ambiente, contaminando o solo, dois rios, e um lago a jusante do tanque de armazenamento danificado.
Na altura a organização Greenpeace qualificou este desastre como “um dos maiores acidentes relacionados com petróleo que ocorreram na zona Russa do Ártico”.
Para a organização ambientalista este derrame consistia já uma prova de que não existe uma forma segura de extrair e armazenar combustíveis fósseis, especialmente nesta zona remota e inóspita do Ártico.
Este novo acidente foi causado pela despressurização momentânea de uma conduta que estaria a transferir combustível. Responsáveis da empresa dizem, em comunicado, que “a despressurização durou cerca de 15 minutos”, o suficiente para criar uma mancha de 600 metros quadrados num lago adjacente à zona afetada.
Nornickel discorda de forma de cálculo da indemnização exigida pelo derrame de diesel
A mesma empresa está neste momento numa disputa com Moscovo sobre a metodologia de cálculo dos danos causados pelo derrame de óleo diesel no final de maio.
De acordo com a empresa “os cálculos dos danos causados aos corpos d'água e ao solo, feitos pelo Departamento Inter-regional Yenisei de Rosprirodnadzor, são baseados em princípios que levaram à distorção dos resultados e precisam ser ajustados”.
Segundo a agência de notícias AlJazeera as autoridades russas exigem operações de restauro e limpeza no valor de 2 mil milhões de dólares, mas a empresa contesta e oferece apenas 150 milhões de dólares.
A empresa tem sido acusada por várias organizações ambientalistas, autoridades locais e um ex-funcionário de uma agência ambiental russa, de esconder o real impacto dos danos causados. Estas acusações estão a ter um impacto no valor das ações da empresa, que já desvalorizaram 17%.
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