You are here

“Nem mais um cêntimo dos contribuintes para salvar a banca”

Marisa Matias afirmou que “o dinheiro não pára de sair para o setor financeiro porque nós não estamos a fazer uma blindagem da proteção daquilo que são os direitos dos contribuintes”, e afirmou que se o Presidente tivesse protegido a Constituição e os portugueses "não teríamos tido BES, BANIF e BPN".

Em entrevista à CMTV, Marisa Matias afirmou que houve “muito dinheiro dos contribuintes a ir diretamente para a banca”,  que tudo isso são “escolhas políticas que foram feitas”, e que enquanto Presidente da República “seguramente não tomaria partido pelos interesses económicos” mas por todos os portugueses, de forma a garantir que os “direitos que estão inscritos na Constituição não sejam meras palavras vagas, que podem ser violadas a qualquer momento, sem nenhuma consequência”.

Segundo Marisa Matias “não é por estarmos habituados a ouvir um Presidente que só fala ao país, ou para lhes pedir sacrifícios ou para defender a banca, e os amigos e os setores da banca que são seus próximos, que devemos dizer que os Presidentes não podem fazer rigorosamente nada”, muito pelo contrário, porque “o Presidente da República é o garante dos funcionamento das instituições”, e “se elas estivessem a funcionar como deve ser nós não teríamos tido BES, BANIF, BPN, não teríamos um em cada cinco euros da riqueza produzida em Portugal” a ir diretamente do bolso dos contribuintes para a banca.

Se sou favorável a resolver os problemas de estabilidade da banca? Com certeza que sou, mas não a enterrar dinheiro dos contribuintes em bancos, que depois não só não resolvem como não são minimamente regulados

Para a candidata presidencial “a estabilidade [financeira] é muito importante”, mas “o problema é que tivemos imensos sacrifícios” à custa de muito desemprego e de muita emigração, “sacrifícios em nome do sistema financeiro” cuja estabilidade, hoje, é “zero”, tendo dado o exemplo a permanente recapitalização dos bancos, que não resolveu nenhum dos problemas de estabilidade.

“[Se] sou favorável a resolver os problemas de estabilidade da banca? Com certeza que sou”, mas “não a enterrar dinheiro dos contribuintes em bancos, que depois não só não resolvem como não são minimamente regulados” explicou, defendendo que o que “precisamos é de um sistema de regulação do sistema financeiro e da banca que evite que volte a acontecer BPN, BES e BANIF”. 

“Nem mais um cêntimo dos contribuintes para salvar a banca”

A minha entrevista de ontem à CMTV#presidenciais2016 #marisa2016

Posted by Marisa Matias on Wednesday, 30 December 2015

Termos relacionados Marisa 2016, Política
Comentários (1)