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“Não podemos sujeitar a nossa vida à velha política, aos velhos hábitos”

Marisa Matias afirmou que a Presidência da República não é lugar para “fretes”, mas para defender o país, as suas pessoas e a sua dignidade, e defendeu uma atitude de não subserviência face às “imposições que põem em causa a nossa independência e a nossa soberania”.
Foto de Paulete Matos

Marisa Matias participou, este domingo, num almoço convívio no Barreiro, no âmbito da sua candidatura a Presidente da República, onde reagiu às recentes declarações do FMI, que veio dizer que “teria sido melhor se tivéssemos começado com a reestruturação das dívidas elevadas, como é o caso da portuguesa”.

Segundo a candidata presidencial, “temos, de uma vez por todas, de deixar de ser tão subservientes, porque já todos sabíamos que a dívida portuguesa teria de ser reestruturada”, “não podemos ser sempre os melhores alunos dos piores professores”, frisou. Defendeu que “têm de ser as instituições portuguesas, os órgãos de soberania portuguesa a tomar a iniciativa” e afirmou mesmo que “tivesse o Presidente da República tomado a iniciativa de fazer o debate sobre esta questão, e não tínhamos de vir ouvir do FMI aquilo que já sabíamos”.

“De cada vez que tomamos a iniciativa damos passos à frente e não precisamos de recuar tanto nos nossos direitos, nem na nossa dignidade”, salientou.

Marisa Matias apresentou-se como a candidata que “procura trazer para o lugar mais visível desta sociedade, o país que tem sido invisível ao longo dos últimos anos”, porque “é neste país que reside a dignidade de quem tanto sofreu com a austeridade, mas nunca desistiu de ser feliz”. Defendeu a necessidade de “uma Presidente da República que não bloqueie as instituições, mas que tenha uma relação de cooperação e lealdade com elas, e faça esse caminho de mudança para recuperarmos a nossa dignidade, a nossa justiça, a igualdade e a liberdade de quem aqui vive”.

Já Catarina Martins, que acompanhou Marisa nesta sessão no Barreiro, destacou as importantes alterações já registadas em Portugal desde que temos um Governo de esquerda, nomeadamente na educação, como o fim da “prova inventada para despedir professores”, e o fim dos exames do quarto ano. Destacou igualmente “o projeto-lei para acabar com a humilhação das mulheres que decidem interromper voluntariamente a gravidez”, e o projeto-lei “para garantir a todos os casais o acesso à adoção e garantir a todas as famílias o direito à coadoção”. 

A porta-voz do Bloco referiu, também, a "dura negociação" para recuperar os rendimentos, e esclareceu que “o salário mínimo terá de ser de 530 euros já em janeiro, daqui a um ano pelo menos 557 euros e não desistimos de chegar aos 600 euros de salário mínimo”.

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