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“Não há Planeta B”, relembram os estudantes na Greve Climática

Com protestos em várias cidades em Portugal e em todo o mundo, os estudantes exigiram “ação imediata” para limitar o aquecimento global a 1,5ºC. Nelson Peralta aponta os 50 mil milhões de euros “entregues pela União Europeia às grandes poluidoras" para concluir que "precisamos deste dinheiro para investimento público na ferrovia”.
“Chega da inércia que vivemos por parte das instituições. É necessário agir com urgência para limitar o aquecimento global a 1,5º".
“Chega da inércia que vivemos por parte das instituições. É necessário agir com urgência para limitar o aquecimento global a 1,5º". Foto Esquerda.net.

Em Lisboa, dezenas de estudantes concentraram-se esta manhã na escola António Arroio, seguindo depois para as escolas Nuno Gonçalves e Luísa de Gusmão onde se reunirão com mais grupos de estudantes. Em declarações à RTP3, Bruna Silva, da organização da Greve Climática Estudantil, declarou ser necessária “ação imediata”.

“Chega da inércia que vivemos por parte das instituições. É necessário agir com urgência para limitar o aquecimento global a 1,5º, o que não irá acontecer até 2030. Países como os EUA ou China não irão reduzir emissões, continuando a investir na indústria de energia não-renovável, confirmando que irão falhar o acordo de Paris de 2015”, disse.  

O deputado bloquista Nelson Peralta considerou que “esta manifestação é muito importante porque antecipa a nova cimeira para o Clima em Glasgow, em que o principal objetivo é criar um mercado global de emissões de carbono, mercado a que a União Europeia atribuiu 50 mil milhões de euros nos últimos anos às grandes poluidoras”, relembrou.

“Não precisamos de pagar mais às grandes poluidoras. Precisamos deste dinheiro para investimento público na ferrovia. Em novos modos de produção de energia e no modelo económico diferente. Por isso, este grito dos estudantes é muito importante”, concluiu.

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