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Museu do Estado Novo abre em 2019 em Santa Comba Dão

A Câmara Municipal de Santa Comba Dão, terra natal de Oliveira Salazar, vai abrir no primeiro trimestre de 2019 um Museu do Estado Novo e um centro interpretativo. A distrital de Viseu do Bloco defende que este projeto não pode branquear a história.
Foto de Biblioteca de Arte Museu Calouste Gulbenkian

O presidente da Câmara Municipal de Santa Comba Dão anunciou este domingo que a primeira parte do núcleo museológico dedicado ao Estado Novo vai abrir no primeiro trimestre de 2019.

Este centro interpretativo vai funcionar na “Escola Cantina Salazar”, um edifício ao lado da casa onde o ditador viveu. Mais tarde, ainda em 2019, vai abrir o “Museu do Estado Novo”.

O presidente da Câmara, Leonel Gouveia, esclareceu, em declarações à Agência Lusa, que pretende um centro interpretativo “que seja factual, que não seja um santuário, nem um ‘inferno’ da figura, mas que relate com fidelidade, sem nenhuma conotação ideológica, a história vivida nesse período”. O autarca procura assim que a implementação do projeto “seja pacífica, do ponto de vista da aceitação”.

Este projeto vai ainda inserir-se numa rota que inclui “outras figuras importantes da região” com Aristides de Sousa Mendes, em Cabanas de Viriato (Carregal do Sal), a família Lacerda, no Caramulo (Tondela), Tomás da Fonseca e Branquinho da Fonseca, em Mortágua, todos estes concelhos do distrito de Viseu.

A distrital de Viseu do Bloco tomou posição sobre o núcleo museológico defendendo que “a história não deve ser negada ou esquecida” e manifestando-se atenta “a qualquer tentativa de branquear a ditadura e o ditador que empobreceram e torturaram o povo português, obrigando-o à maior emigração de sempre desde a existência do país.”

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