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MSF suspendem atividade por discordarem do acordo UE/Turquia
A coordenadora geral dos MSF na Grécia, Marie Elisabeth Ingres afirmou em comunicado que a organização tomou esta "difícil decisão" porque se continuassem a trabalhar no centro passariam a ser "cúmplices" de um sistema que consideram "injusto e desumano" uma vez que a "devolução forçada de migrantes e refugiados converte o centro num espaço de detenção".
Ingres disse ainda recusar que "a ajuda dos MSF seja instrumentalizada para levar a cabo uma operação de expulsão massiva".
Não queremos fazer parte de um sistema que ignora as necessidades humanitárias e de proteção dos requerentes de asilo e dos migrantes
"Não queremos fazer parte de um sistema que ignora as necessidades humanitárias e de proteção dos requerentes de asilo e dos migrantes", disse.
Desta forma, desde a noite de terça-feira, esta ONG cessou toda a sua atividade relacionada com o centro de Moria, incluindo o transporte de refugiados, as ações relacionadas com o abastecimento de água e saneamento, bem como as consultas médicas na clínica existente no centro.
As autoridades que gerem o campo de Moria, expulsaram as ONG's de menor dimensão que operavam naquela estrtutura assim que entrou em vigor o acordo assinado entre a UE e a Turquia no final da passada semana, em Bruxelas.
No comunicado, a organização afirma, no entanto, que "continuará a desenvolver o seu trabalho" em Mantamados, onde as pessoas recém-chegadas a Lesbos são assistidas de imediato.
Os MSF afirmam que também "não abandonarão" o trabalho relacionado com o resgate marítimo nas praias do norte da ilha de Lesbos e nas clínicas móveis para aqueles que estão fora do centro de registo.
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