You are here
Morte Assistida: “É chegado o tempo de alargar o campo dos direitos e da tolerância”

Numa conferência de imprensa que decorreu esta sexta-feira de manhã no parlamento, o deputado bloquista José Manuel Pureza anunciou, acompanhado pela deputada socialista Maria Antónia Almeida Santos e de André Silva do PAN, que estas três forças partidárias deram entrada com um requerimento para que a sessão plenária de 30 de maio seja dedicada “por inteiro aos projetos de lei que despenalizam a morte medicamente assistida”.
“Estamos absolutamente convictos de que o debate que tem ocorrido na sociedade portuguesa tem permitido um amadurecimento de opiniões” sobre a eutanásia e que por esse motivo “chegou o momento de decisão no parlamento”, defendeu o parlamentar do Bloco.
O Bloco de Esquerda foi o primeiro partido a avançar com um projeto de lei sobre a despenalização da morte assistida, tendo-lhe seguido o PAN, o PS e o PEV.
Pureza explicou ainda que se os projetos de lei “forem aprovados na generalidade” isso não significará o fim do debate, uma vez que o “trabalho na especialidade é também um trabalho de envolvimento de diversíssimas instâncias”.
“Os nossos projetos de lei são diferentes, mas são convergentes naquilo que é essencial: a despenalização da morte medicamente assistida”. Por essa razão, “assumimos em conjunto esta proposta de debater e deliberar”, pois, “o que está em causa é que é chegado o tempo de alargar o campo dos direitos e da tolerância”, sublinhou o também vice-presidente da Assembleia da República.
“O ideal seria até ao fim da sessão legislativa termos o processo legislativo completo”, defendeu Maria António Almeida Santos, no entanto, “não vamos saltar fases nem pressionar para que o processo seja fechado”.
A deputada socialista expressou ainda a sua vontade para que se chegue à votação final global com um projeto de lei conjunto que contenha “o melhor de todos eles”.
O deputado do PAN recordou que o debate já se prolonga há dois anos e que este é o “momento da decisão” dos quais os deputados não se podem demitir.
“É um debate sobre a vida que queremos viver, sobre a forma como queremos conformar a nossa vida. É a última liberdade individual que está em causa”, esclareceu André Silva.
Add new comment