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Milhares protestam em Varsóvia contra ataque ao direito ao aborto

Uma decisão do Tribunal Constitucional que proíbe o aborto em casos de grave malformação do feto despoletou uma vaga de protestos na última semana, culminando na concentração desta sexta-feira na capital polaca.
Fonte: screenshot de reportagem da Euronews.

As restrições decorrentes da pandemia foram relegadas a favor de outras prioridades em Varsóvia esta sexta-feira, com centenas de milhares de pessoas a juntar-se na capital polaca para mais um protesto contra um novo ataque ao já restrito direito à interrupção voluntária da gravidez.   

As manifestações ocorrem desde dia 24 de outubro, mas atingiram esta sexta-feira uma nova dimensão, com pelo menos 400 mil pessoas a juntarem-se em Varsóvia.

"Estamos prontas para lutar até ao fim", disse Marta Lempart, cofundadora do movimento Greve das Mulheres, que lançou a convocação para a manifestação, noticia a agência Lusa.

 O governo deverá recorrer às leis de emergência em vigor devido à pandemia SARS-Cov2 para interpor ações legais contra as organizadoras. Mas as ações de protesto estão a multiplicar-se em menor escala dentro e fora da Polónia, em cidades como Cracóvia e Wroclaw, ou Barcelona e Viena. 

A reformulação ultra-conservadora do Tribunal Constitucional da Polónia, operada por uma convergência entre o governo ultra-conservador e o episcopado católico, permitiu restringir ainda mais o direito à interrupção voluntária do aborto alegando incompatibilidade constitucional.

À Euronews, representante da Greve das Mulheres afirma que “isto é sobre a liberdade e a dignidade das pessoas. A vontade das pessoas de protestar deveria ser uma lição para quem quer que tencione impor medidas autoritárias”.

 

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