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Milhares nas ruas de Barcelona gritaram por liberdade

Em Barcelona, dezenas de milhares de manifestantes exigiram a libertação do presidente da Assembleia Nacional Catalã e do presidente da Òmnium Cultural, acusados de “sedição” pelo governo central de Madrid, e "democracia", respondendo ao anúncio de Rajoy.
As ruas de Barcelona foram ocupadas por cartazes com a palavra “Liberdade”. Foto de Toni Albir/ EPA/ LUSA.

A cidade de Barcelona acolheu dezenas de milhares de manifestantes exigindo a libertação do presidente da Assembleia Nacional Catalã (ANC), Jordi Sánchez, e do presidente da Òmnium Cultural, Jordi Cuixart, acusados de “sedição”, pelo governo central de Madrid.

As ruas foram ocupadas por cartazes com a palavra “Liberdade”, mas as palavras de ordem ouvidas responderam também ao anúncio feito por Mariano Rajoy, na manhã deste sábado, de destituição do governo da Generalitat, suspensão da autonomia da Catalunha e convocação de eleições: "Nem um passo atrás" e "Democracia".

A manifestação foi inicialmente convocada pela Assembleia Nacional Catalã e a Òmnium Cultural, para exigir a libertação de Jordi Sánchez e Jordi Cuixart, os líderes das duas principais associações independentistas, então detidos preventivamente no passado dia 16 de outubro.

Foto do jornalista Guillem Andrés/ Twitter.

À cabeça da manifestação seguiram Carles Puigdemont, o presidente da Generalitat, e todos os conselheiros do seu governo, bem como Ada Colau, a autarca de Barcelona que também se fez acompanhar por, praticamente, toda a sua equipa de vereação.

“Nos últimos meses vivemos uma escalada repressiva por parte do Estado espanhol que afetou as nossas instituições políticas, as nossas autarquias e em geral toda a cidadania. Vimos a violência policial e vemos também trancados na prisão dois homens cheios de razão”, afirmou em palco, no final da manifestação, o vice-presidente da ANC, o historiador Agustí Alcoberro, segundo cita a imprensa espanhola.

“Não podemos tolerar que continuemos a ter presos políticos”, defendeu.

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