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Milhares de pessoas marcham em Portugal pelo clima

Portugal aderiu à Greve Climática Global com manifestações em 30 cidades. Catarina Martins participou na iniciativa em Braga, defendendo que “responder à emergência climática é cuidar da qualidade de vida e da saúde de toda a gente”.
Manifestação pelo Clima em Lisboa. Foto de Inês Ferreira.
Manifestação pelo Clima em Lisboa. Foto de Inês Ferreira.

Pelas três da tarde, a praça do Cais do Sodré, em Lisboa, já estava repleta, com cerca de quatro mil pessoas de várias idades e proveniências. “Não ao furo, sim ao futuro”, “Não há planeta B”, “Os jovens estão na rua, a luta continua”, “Salvem o planeta, não os bancos”, foram algumas das palavras de ordem utilizadas.

Os manifestantes exigiram políticas responsáveis que não comprometam o ambiente e, consequentemente, o futuro do planeta e de todos nós.

No final do percurso, elementos do movimento Extinction Rebellion Portugal sentaram-se no chão em frente ao Banco de Portugal.

Em Portugal, a marcha pelo clima também se estendeu a Albufeira, Aveiro, Braga, Castro Verde, Chaves, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Guimarães, Ilha do Pico, Lagos, Leiria, Lousada, Moimenta da Beira, Penafiel, Pombal, Ponta Delgada, Portalegre, Portimão, Porto, Serpa, Setúbal, Sines, Tavira, Viana do Castelo, Vila Pouca de Aguiar, Vila Real e Viseu.

O Bloco esteve presente nas várias manifestações da Greve Climática, sendo que a sua coordenadora nacional, Catarina Martins, participou na iniciativa em Braga.

“É extraordinário o trabalho que os mais novos têm feito”

Catarina Martins participou na manifestação em Braga. A coordenadora bloquista defendeu que “é mais do que tempo de agir”.

“Estamos a viver uma emergência climática e é extraordinário o trabalho que os mais novos têm feito. Chegamos aqui e vemos que há pessoas de todas as gerações e foram os jovens que tiraram de casa os seus professores, os seus pais, os seus avós, para que se passe de palavras mais ou menos vazias sobre o ambiente para a ação consequente para salvar o planeta”, frisou.

Catarina Martins na manifestação pelo clima em Braga. Foto de Paula Nunes.

De acordo com Catarina Martins, “as ações mais ou menos simbólicas não têm servido para nada, porque a temperatura continua a aumentar e a emissão de gases de efeito de estufa continua a aumentar”.

“Quem está hoje a levantar-se em todo o mundo pelo clima não está a pedir às pessoas para se sacrificarem pelo planeta; o que estamos a dizer é que precisamos de ter outra economia para vivermos melhor”, acrescentou.

A dirigente do Bloco afirmou que “combater a emergência climática é ter energia renovável, em vez de carvão, em vez de petróleo. É ter mobilidade, é ter transportes coletivos, em vez de carros individuais. Responder à emergência climática é tratar da qualidade de vida e da saúde de toda a gente. É uma transformação da economia que cria mais justiça, mais emprego, mais igualdade”.

“O que esta jovem geração está a fazer um pouco por todo o mundo é dizer que é tempo de as decisões que são tomadas sobre a nossa economia não serem tomadas em nome de uma pequeníssima elite que tem ganho tanto com petróleo, com tirar todos os recursos da terra. É dizer que podemos ter um modelo diferente que, ao proteger o ambiente, tem também mais justiça na economia, tem mais emprego, mais qualidade de vida, nos protege a todos”, assinalou Catarina Martins.

A coordenadora bloquista enfatizou que “esta mensagem é extraordinariamente poderosa” e que “está a constituir-se uma maioria social que exige políticas bem diferentes das que tivemos até aqui”.

“É preciso avaliar bem o impacto ambiental das decisões e não tomar decisões em nome do lucro rápido”, rematou.

 

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