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Milhares de pessoas manifestam-se nas ruas de Barcelona

No dia em que se celebra o primeiro aniversário do referendo à independência da Catalunha, sindicatos de estudantes e Comités de Defesa da República marcaram o dia com manifestações e bloqueios nas ruas.
Milhares de pessoas manifestam-se nas ruas de Barcelona
Foto de Vanessa Junqué/Twitter.

Milhares de pessoas sairam hoje à rua para participar na manifestação convocada pelo movimento Universitats per la República e sindicatos de estudantes, assinalando assim o primeiro aniversário do referendo à independência da Catalunha. 

A manifestação partiu da reitoria da Universidade de Lérida e à sua frente surgia uma faixa que dizia “Ni oblit ni perdó” (não esqueço nem perdoo), tendo como destino a Subdelegação do Governo. Uma vez lá chegados, surgiram momentos de tensão quando os manifestantes derrubaram as grades do perímetro de segurança atrás do qual se encontravam Mossos d’Esquadra.

De acordo com a polícia, sairam hoje à rua para os protestos de estudantes cerca de 13 000 pessoas. Já os sindicatos de estudantes falam em 50 000 manifestantes.

Logo pela manhã, foram bloqueadas algumas autoestradas, linhas de caminho de ferro e várias artérias de Barcelona para assinalar o primeiro aniversário do referendo de autodeterminação.

“A linha de comboios de alta velocidade foi bloqueada em Girona, 100 quilómetros a nordeste de Barcelona”, podia ler-se no site da Renfe, a companhia espanhola de comboios.

A 1 de outubro de 2017, o Governo regional da Catalunha, à época liderado por Carles Puigdemont, organizou um referendo considerado ilegal pelo Tribunal Constitucional espanhol - isto porque a constituição do Estado Espanhol só prevê consultas eleitorais à independência de regiões se estas tiverem lugar em todo o país. O processo de independência foi interrompido em 27 de outubro de 2017, quando o Governo central espanhol decidiu intervir na Comunidade Autónoma. As eleições regionais tiveram lugar a 21 de dezembro último e voltaram a ser ganhas pelos partidos separatistas.

Desde então que se encontram detidos nove dirigentes independentistas que aguardam julgamento por delitos de rebelião, sedição e/ou peculato pelo seu envolvimento na tentativa de autodeterminação. Puigdemont, ex-presidente da Generalitat, continua exilado na Bélgica, depois de a Justiça do estado espanhol não ter conseguido a sua extradição da Alemanha, para ser julgado por crime de rebelião.

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