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México: Obrador confirmado na Presidência em referendo revogatório

No passado domingo, realizou-se no México um referendo que perguntava se o mandato presidencial deve prosseguir até ao fim ou não. Obrador obteve mais de 90% dos votos, mas a participação não chegou aos 20%. O presidente considerou que o referendo foi um “êxito completo” e um “facto histórico”.
Referendo Revogatório – Votação do Presidente da República do México, Andrés Manuel López Obrador, numa mesa de voto na Cidade do México, 10 de abril de 2022 – Foto da Presidência do México
Referendo Revogatório – Votação do Presidente da República do México, Andrés Manuel López Obrador, numa mesa de voto na Cidade do México, 10 de abril de 2022 – Foto da Presidência do México

O referendo revogatório foi promovido e convocado pelo próprio presidente da República, Andrés Manuel López Obrador, para perguntar à população se apoiava a continuação do seu mandato até ao fim ou não. O mandato presidencial no México é de seis anos, não havendo reeleição. O atual mandato termina em 30 de setembro de 2024.

91,9% dos votantes votou a favor da continuação do mandato até ao fim e só 6,5% votou pela saída antecipada do presidente. Porém, só 17,2% dos eleitores participou no referendo, um mínimo inferior aos 40% exigidos pela Constituição para que o referendo seja vinculativo.

Facto histórico”, considera Obrador

“Foi um êxito completo, as pessoas atuaram com muita responsabilidade, foram milhões de mexicanos. Estamos diante de um facto histórico, é algo inédito, pela primeira vez é feita uma consulta aos cidadãos para que possam decidir sobre o governo do presidente. Ou que continue ou que se vá embora reafirmando que é o povo quem manda”, declarou o Presidente, segundo o La Jornada.

"A democracia deve ser uma forma de vida, um hábito das e dos mexicanos para que ninguém se sinta absoluto. O povo é quem manda", escreveu Obrador no Twitter:

Obrador garantiu ainda em vídeo que não procurará fazer qualquer reforma para permitir a sua permanência na presidência para além do mandato estipulado, contrariando assim a especulação levantada pelos partidos da oposição. "Sou um democrata e não sou a favor da reeleição. Nós vamos terminar a nossa obra de transformação em 2024", frisou.

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