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Metro de Londres faz greve de dois dias

Paralisação termina esta quinta-feira e paralisou mais de 70% dos serviços que transportam três milhões de pessoas por dia. Sindicatos protestam contra plano de despedimentos.
Estação fechada e carta a informar sobre a greve. Foto de Thomas Vander Wal

A greve do metro de Londres viveu esta quinta-feira o seu segundo dia, reduzindo os serviços em mais de 70%, segundo os sindicatos, e superlotando comboios, autocarros e até mesmo a procura das “Boris bikes”, as bicicletas de aluguer que ganharam essa alcunha do nome do presidente da câmara de Londres, Boris Johnson. Três milhões de pessoas usam diariamente o metro da capital britânica.

A paralisação é contra os planos do Departamento de Transportes londrino (o TFL: Transport for London) de acabar com as bilheteiras tradicionais e substituí-las por máquinas automáticas, já existentes em todas as estações. Com o projeto, 953 funcionários serão despedidos, sendo que cerca de 450 já optaram por aderir ao plano de saída voluntária proposto. Mais de 19 mil pessoas trabalham nas 270 estações do metro de Londres.

Os dois sindicatos que estão à frente da greve, o Rail Maritime and Transport Union, o RMT, e o Transport Salaried Staff’s Association, o TSSA, acusam também o presidente da câmara de não ter cumprido a sua palavra. Nas eleições de 2008, o político conservador prometeu que não fecharia as bilheteiras nem cortaria empregos do metro.

Nova greve marcada para dia 11

As negociações entre a câmara e os sindicatos prosseguem sexta-feira. Uma nova greve de 48 horas está já marcada para começar em 11 de fevereiro.

Pelos cálculos da Câmara do Comércio e Indústria de Londres, a economia da cidade teve um prejuízo de 50 milhões de libras por dia.

O primeiro-ministro David Cameron disse que a greve era “vergonhosa” e que não tinha justificação.

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