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Metro de Lisboa parou hoje e retoma greve na quinta-feira
A greve de hoje decorreu entre as 5h e as 9h30, para a generalidade dos trabalhadores, e das 9h30 às 12h30 para o setor administrativo e técnico. A elevada adesão levou ao encerramento de todas as estações do Metro.
Entretanto, os trabalhadores reunidos em plenário decidiram avançar com mais momentos de luta. Em comunicado, a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS) afirma que tudo foi feito para “evitar este conflito”, todavia “continuamos sem conseguir chegar a bom porto no processo deste ano.”
“Voltámos a ser confrontados não com um verdadeiro processo negocial, em que cada um dos atores deveria fazer um esforço para aproximação de propostas que servissem as partes envolvidas, ou seja trabalhadores e o Conselho de Administração do Metro de Lisboa, mas esbarrámos de novo numa imposição de quem apenas quer fazer alterações unilaterais ao acordo de empresa e pouco ou nada se preocupa com a melhoria das condições de vida e trabalho, de quem diariamente dá o melhor pela empresa” refere o comunicado.
Assim, foram entregues pré-avisos de greve parcial para os dias 28 de outubro e 2 de novembro e de greve de 24 horas para 4 de novembro. Entre os dias 1 e 10 de novembro haverá greve ao tempo extraordinário.
Os trabalhadores lutam, entre outras medidas, pelo descongelamento salarial, pela reposição imediata de todos os efetivos, pela contratação de trabalhadores para a fiscalização e agentes de tráfego.
“Na reunião que tivemos com o ministro do Ambiente e da Transição Energética [João Matos Fernandes, que tutela os transportes urbanos], o responsável assumiu duas das nossas reivindicações quanto aos trabalhadores da área da manutenção e a prorrogação da vigência do Acordo de Empresa (AE)", disse Anabela Carvalheira, da FECTRANS, acrescentando que o conselho de administração da empresa "ainda não colocou em cima da mesa as restantes matérias", não tendo ainda as partes chegado a acordo.
A luta dos trabalhadores do Metro de Lisboa já se arrasta há vários meses, tendo motivado uma greve no dia 25 de maio e outra no dia 24 de junho.
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