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“Médicos estão aqui para defender SNS e merecem respeito do Governo”

Mariana Mortágua participou esta quarta-feira na concentração de médicos em frente ao Ministério da Saúde e defendeu que o respeito devido aos médicos tem de se traduzir em reconhecimento pelas carreiras e condições de trabalho dignas.
Foto Esquerda.net.

No primeiro dia da greve dos médicos, convocada pela Federação Nacional dos Médicos (FNAM) para 8 e 9 de março, centenas de profissionais participaram numa concentração em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa. “É preciso salvar o SNS” ou “Pela sua saúde em defesa do SNS” foram algumas das palavras de ordem inscritas nas faixas presentes no protesto.

A situação das urgências ou o elevado número de utentes sem médico de família foram referidos durante a iniciativa. Presentes estiveram ainda as reivindicações dos profissionais, que passam pela renegociação da carreira médica e da respetiva grelha salarial, que inclua um horário base de 35 horas, a dedicação exclusiva opcional e majorada e a consideração do internato médico como primeiro grau da carreira.

Joana Bordalo e Sá, presidente da FNAM, afirmou à Lusa que a federação sindical "não aceita negociar a perda de direitos" e que a "negociação tem que ser séria, para cativar os médicos a ficar no SNS".

"A luta dos médicos por condições de trabalho dignas e salários justos é também uma luta pelos utentes e pela melhoria do SNS que os serve" e por isso "é preciso que o ministro Manuel Pizarro nos oiça e atenda as nossas reivindicações", prosseguiu a dirigente sindical, desafiando o ministro a escolher "por que caminho quer ir".

“Governo deveria ter respeito pelos profissionais”

Mariana Mortágua afirmou que “o Governo deveria ter respeito pelos profissionais de saúde que fazem o SNS com tantos sacrifícios”.

E, de acordo com a dirigente bloquista, esse respeito tem de de se traduzir no reconhecimento das carreiras e em condições de trabalho dignas.

Mariana lembrou que existe sempre “dinheiro para benefícios fiscais e indemnizações milionárias na TAP”, ao mesmo tempo que, “quando chega a altura de valorizar os serviços públicos”, surge sempre “o argumento financeiro em cima da mesa”.

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