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Matosinhos: PS chumba refeições gratuitas para crianças em agosto

A deputada municipal Carla Silva frisa que são totalmente incompreensíveis as desculpas apresentadas pelo Partido Socialista para a rejeição da proposta do Bloco sobre a criação de um apoio específico e pontual aos alunos carenciados do concelho.
Refeição escolar.
Refeição escolar. Fonte: site do SNS.

Conforme explica Carla Silva, a proposta bloquista visava garantir a continuidade dos almoços, durante o mês de agosto, já que o previsto pelo Ministério da Educação cessará no final de julho, sendo que também se sugeria a inclusão de outros complementos (pequeno-almoço, lanche e jantar) de preferência em regime de take-away.

“Numa sessão, onde se debateu um saldo de gerência de 37 milhões de euros e a boa saúde financeira do Município, torna-se, totalmente, incompreensível as desculpas apresentadas pelo Partido Socialista para a rejeição de um apoio específico e pontual aos alunos carenciados de Matosinhos, cujas famílias se encontram em profundo risco de pobreza e exclusão social fruto desta crise pandémica”, afirmou a deputada municipal bloquista.

“Assegurar as refeições essenciais, numa altura de emergência, não deveria sequer ser alvo de proposta ou votação, mas um gesto de responsabilidade e de humanidade por parte de quem gere este Município”, acrescenta Carla Silva, sublinhando que, “além disso, a argumentação de que os apoios são mais do que suficientes, de que já há várias instituições de solidariedade no concelho ou de que não há enquadramento legal para a cabimentação desse tipo de verbas é, no mínimo, lamentável, mas, simultaneamente, revelador da falta de dever cívico, de justiça, de equidade e a ausência de sentido ético” por parte do executivo camarário PS.

Com a rejeição da proposta bloquista, a deputada municipal considera que se perdeu “uma enorme possibilidade de Matosinhos exercer uma política de proximidade sensata e inequívoca, à semelhança dos bons exemplos que têm surgido noutros pontos do país, sobretudo num momento de emergência económica e social como aquele em que vivemos atualmente”.

“Este lamentável desfecho, que irá impedir o fornecimento de refeições gratuitas às crianças e jovens matosinhenses durante o mês de agosto, demonstrou, uma vez mais, que as prioridades dos eleitos pelo Partido Socialista em Matosinhos não passam, definitivamente, pela luta contra a pobreza nem pela sobrevivência das crianças e jovens mais carenciados deste concelho”, remata.

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