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Marisa: “O povo português percebeu que mudar o voto pode mudar a vida”

Marisa Matias recordou, em Coimbra, a Constituição e as funções do Presidente da República. Acusou Cavaco Silva de sabotar uma decisão que resulta da vontade popular e de querer passar de um regime semi-parlamentar para um super-presidencial. Catarina Martins esclareceu que "o governo já não é governo" e que apelo de Passos Coelho para a revisão constitucional é “desespero puro”.
“Um Presidente não pode valorizar a estabilidade quando gosta da maioria e sabotá-la ativamente quando os portugueses decidem mudar de rumo”, defendeu Marisa Matias. Foto de Paulete Matos.

Foi na Casa da Cultura, em Coimbra, que a candidata presidencial apoiada pelo Bloco falou perante mais de 200 pessoas, e recordou desde o artigo 1º da nossa Constituição às bases da nossa República soberana, alicerçada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular.

"Cabe ao Presidente respeitar a vontade democrática dos portugueses e dar posse ao Governo que tem o apoio da Assembleia da República que os portugueses escolheram", citou Marisa Matias.

Foi este o ponto de partida de um discurso muito marcado por críticas aos que ameaçam a nossa democracia. A Cavaco Silva por estar a adiar uma decisão que põe em causa a estabilidade de que tanto falava, e  Pedro Passos Coelho por estar a tentar fazer “alterações à la carte e de acordo com as conveniências do momento”.

Cavaco Silva “não está à altura do momento que os portugueses estão a viver”, acusou a candidata presidencial.

Casa da Cultura enchou para apresentação da candidatura, em Coimbra.

Casa da Cultura encheu para apresentação da candidatura. Foto de Paulete Matos

Repetiu uma e outra vez que não hesitaria em dar posse a um governo de esquerda o mais rapidamente possível, pois “cabe ao Presidente respeitar a vontade democrática dos portugueses e dar posse ao Governo que tem o apoio da Assembleia da República”.

 “Um Presidente não pode valorizar a estabilidade quando gosta da maioria e sabotá-la ativamente quando os portugueses decidem mudar de rumo”, salientou.

 Marisa Matias acusou ainda aqueles que hoje estão a criar um pânico internacional em torno do nosso país de não terem condições para falar de estabilidade, sentido de Estado ou patriotismo.

Catarina Martins: “O governo já não é governo”

Foto de Paulete Matos.

 Já Catarina Martins, porta-voz do Bloco de Esquerda - que também esteve nesta sessão - disse que nenhum crescimento económico pode nascer da destruição, numa reação aos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística que revelam que entre 2011 e 2014 a económica cresceu “nada mais do que nada”.

“Diziam-nos que o empobrecimento do país estava a ser feito em nome de uma economia pujante (…) e ficámos a saber que depois de todos os sacrifícios a dívida cresceu o triplo do que estava previsto.”

 "O governo já não é governo". A deputada bloquista reagiu ainda ao apelo de Pedro Passos Coelho de se fazer uma revisão constitucional, classificando-o de “desespero puro”.

A sessão de apresentação da candidatura de Marisa Matias à Presidência da República contou ainda com o deputado do Bloco José Manuel Pureza, com o antigo assessor de Jorge Sampaio na Presidência da República, José Dias, e com o presidente da Capital Nacional da Cultura Coimbra 2003 e ex-diretor do Teatro Académico de Gil Vicente, Abílio Hernandez.

Abílio Hernandez, Marisa Matias, José Manuel Pureza, Catarina Martins e José Dias. Foto de Paulete Matos.


Para propor a candidatura de Marisa Matias clique aqui.

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