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Marisa nomeada para comissão especial sobre as lições da resposta à covid

A eurodeputada bloquista vai participar nos trabalhos desta comissão criada no âmbito do Parlamento Europeu para avaliar o impacto da resposta europeia à pandemia.
Marisa Matias. Foto The Left/Flickr

Marisa Matias foi nomeada para a comissão especial sobre a pandemia de covid-19, criada pelo Parlamento Europeu com o objetivo de retirar lições da resposta europeia e produzir recomendações em vários domínios, como a saúde, a coordenação da abordagem no respeito pela democracia e os direitos fundamentais, o impacto societal e económico e a relação da União Europeia com as instituições multilaterais como a Organização Mundial de Saúde, a Organização Mundial do Comércio ou o mecanismo Covax, entre outras.

“A União Europeia tomou medidas de exceção para responder à COVID-19, mas nem tudo foi transparente. Nunca tivemos acesso total a contratos com farmacêuticas, nunca soubemos exatamente a natureza dos negócios feitos. Esta comissão é uma oportunidade para reforçar o papel das instituições públicas e para a definição de políticas públicas que coloquem a saúde pública à frente dos lucros das farmacêuticas”, afirmou Marisa Matias ao Esquerda.net.

A comissão é composta por 38 eurodeputadas e eurodeputados e integra também outra portuguesa, a eurodeputada socialista Sara Cerdas. Entre os temas a abordar no capítulo da saúde, além da estratégia europeia para as vacinas, incluindo a transparência dos contratos e o papel da indústria farmacêutica, estarão o nível de coordenação e solidariedade entre os Estados-Membros e a capacidade dos sistemas de saúde para fazer face à pandemia e a futuras ameaças sanitárias transfronteiriças, as repercussões da escassez de pessoal e disponibilidade de medicamentos e dispositivos médicos, os impactos da pandemia nos residentes dos lares, nos trabalhadores, nos cuidadores informais e nas pessoas a seu cargo.  

No capítulo do impacto económico, a comissão irá avaliar os efeitos na organização do trabalho, no teletrabalho e no futuro do trabalho, e as consequências da pandemia e a resposta europeia em matéria de pobreza, desigualdade e exclusão social, bem como o impacto da pandemia nos sistemas de proteção social, na educação, na igualdade de género ou em setores como a cultura, a hotelaria, o turismo e os transportes.

A questão da “diplomacia das vacinas” será outro dos pontos a abordar por esta comissão especial, nomeadamente o papel da UE e dos seus Estados-Membros “no combate ao fornecimento inadequado e ao acesso inequitativo a vacinas e produtos médicos contra a COVID-19 em todo o mundo” ou na gestão e coordenação com as instituições multilaterais como a OMS, OMC, o mecanismo Covax e um eventual tratado internacional sobre pandemias, bem como “a necessidade de uma abordagem harmonizada em relação às pessoas que viajam para a UE a partir de países terceiros”.

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