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Marisa Matias: “Em democracia não há voto VIP”

Marisa Matias esteve esta sexta-feira em Almada, onde se apresentou como a candidata que quer “contribuir para uma resposta urgente, que não deite abaixo a esperança que está a renascer no nosso país”.
Dividiu-se em emoções, ao classificar esta sexta-feira como um dia vergonhoso para a Europa, devido ao fecho das fronteiras, mas congratulou-se pelo dia em que, em Portugal, celebrámos o direito a decidir, a igualdade na adoção e a procriação medicamente assistida, sem discriminação - diplomas aprovados esta sexta-feira na Assembleia da República, com os votos da maioria de esquerda.
“Para um/a Presidente de uma República democrática todos os direitos são prioritários”, salientou. A candidata disse, ainda, que um Presidente digno das suas funções é um Presidente que responde pelos direitos das famílias despedaçadas pela emigração e pelas famílias reduzidas à miséria” e que este “tem de ser uma garantia contra o abuso, contra a injustiça e contra a desigualdade”.
Marisa lembrou, ainda, os treze anos em que Marcelo Rebelo de Sousa comentou tudo, mas em que “nunca se ergueu para defender os salários de quem trabalha e as pensões de quem trabalhou a vida inteira”.
A candidata conclui dizendo que irá fazer uma campanha “falando dos problemas concretos, sobre aquilo que enfrentamos, e não sobre abstrações”.
“Em nome da liberdade, faremos de Cavaco passado”
Já a deputada Joana Mortágua recordou como “a direita revanchista fez recuar uma lei que foi aprovada em referendo” e como agora apelou a Cavaco Silva para que não deixasse passar “esta lei da liberdade”. A dirigente bloquista lembrou, igualmente, “como o candidato da direita, que agora se diz o não-político, já fez muitas campanhas políticas, e uma delas foi a campanha da vergonha, pela criminalização das mulheres que abortam”.
“Em nome da liberdade, faremos de Cavaco passado, e não abriremos as portas para que passe Marcelo”, frisou Joana Mortágua.
Para Alfredo Barroso, que foi chefe da Casa Civil do Presidente da República Mário Soares, "nenhum dos outros candidatos a PR tem a preparação, a experiência e os conhecimentos de Marisa Matias. Tanto a nível interno, como a nível externo. Tanto a nível político, como a nível económico e social", e acrescentou que com a sua candidatura não é só "a democracia que está a passar por aqui", mas também "a liberdade, a justiça e a fraternidade".
As eleições presidenciais decorrerão no próximo dia 24 de Janeiro. Para propor a candidatura de Marisa Matias clique aqui.
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Carta Magna de Portugal
Não haveria um tribunal constitucional que obrigasse Cavaco Silva a acatar a Constituição portuguesa e convocar a maioria parlamentar a governar?
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