Marisa Matias foi uma das sete eurodeputadas da Esquerda Unitária Europeia/ Esquerda Nórdica Verde (GUE/NGL) a visitar, esta terça-feira, "a selva de Calais", nome pelo qual é conhecido o acampamento onde vivem mais de 4000 refugiados, e afirmou que a Europa deve “assumir responsabilidades pelas consequências políticas associadas a conflitos”.
A dirigente bloquista relatou a situação dramática e as condições de vida deploráveis que encontrou em Calais, sem “nenhum dos valores europeus associado”, e afirmou que “não podemos dizer que o protejo europeu é fundado na igualdade, nos valores da vida e da dignidade e deixar que no centro da Europa exista uma situação como esta”, enquanto lembrou a insensibilidade das instituições e lideres europeus.
Em Calais, a eurodeputada, além de visitar o campo de refugiados, reuniu-se com organizações não governamentais com trabalho no local, e comentou ter ficado surpreendida com “a forma como as pessoas se tentam organizar em comunidade, em circunstâncias abaixo de qualquer condição de dignidade humana”. Ainda assim, a eurodeputada diz não se resignar e defendeu que é urgente fazer algo, e pediu o fim da “lógica securitária e da criminalização das pessoas que procuram uma vida melhor”.
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